sábado, 23 novembro

 

Foto: Vanessa Vargas

 

As dificuldades que os servidores municipais de Porto Alegre estão enfrentando em função de um projeto da Prefeitura que prevê cortes nos benefícios que resultarão em redução de salários foram abordadas na sessão ordinária da Assembleia Legislativa desta quarta-feira (27). Utilizando espaço de liderança a deputada Sofia Cavedon observou que os municipários estão em greve desde terça-feira contra a proposta que pode ser colocada em votação na Câmara de Vereadores já nesta quinta-feira (28).

Sofia comentou que a proposta protocolada pelo prefeito Nelson Marchezan Jr, no último dia 14, já havia sido apresentada no ano passado, mas foi rejeitada graças à pressão da categoria. Conforme a deputada, o prefeito apoiado, em troca de espaços político, sobrepôs o seu projeto específico e “pelo terceiro ano consecutivo a categoria foi submetida ao assédio e ao ataque”. Ontem eram os funcionários da saúde, do HPS que estavam paralisaram. “Mas a paralisação atinge a todos os serviços públicos e o prefeito não aprende. Pode ter apresentado projeto com palavras diferentes, mas é o mesmo projeto que atingia o regime de trabalho dos servidores e reduz salários, apresentado no ano passado”.

O projeto de lei complementar de autoria do Executivo propõe alterações no regime de trabalho dos servidores públicos municipais, aos acréscimos e gratificações, à concessão e incorporação de parcelas que compõem a remuneração praticada, entre outras mudanças.  “Uma professora que entra em concurso municipal entra em 20 horas e é chamada para 40. Isso significa que ela vai assumir outras turmas. Ou seja, é chamada para trabalhar mais e vai receber o correspondente para trabalhar mais, mas o prefeito acha isso um abuso. Ele quer que o professor receba pelas outras 20 horas bem menos”, explica Sofia.

 

Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)

 

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