sexta-feira, 22 novembro
Foto: Greice Nichele

“Desmoralizar a Constituição é um crime praticado por um grupo pequeno dominado por uma convicção antidemocrática que não aceita o resultado das eleições presidenciais.” A afirmação foi feita pelo deputado Zé Nunes em uma declaração de liderança em nome da bancada do PT na Assembleia Legislativa, na sessão plenária desta terça-feira (13), referindo-se aos atos terroristas registrados na última segunda-feira, no Distrito Federal, praticados por um grupo de pessoas clamando intervenção militar e afrontando a constituição brasileira.

O parlamentar defendeu que esse tipo de ato não pode ser tolerado e merece responsabilização. “Vivemos uma eleição disputada em que visões de mundo diferentes foram apresentadas e o presidente da República que governa até o final do ano perdeu a eleição. Lula foi eleito com mais de 60 milhões de votos e foi diplomado (pelo TSE) e mesmo assim temos manifestações e atos de vandalismo, atos criminosos de alguém que acha legítimo e democrático pedir intervenção das forças armadas, afrontando e desrespeitando a Constituição”, ponderou.

Zé Nunes ressaltou que a Constituição Federal foi uma conquista após tantos anos de luta e depois de um momento cinzento da história brasileira em que muitas pessoas tiveram de sair do país, muitas ideias foram sacrificadas e muitas pessoas perderam suas vidas. “Essas pessoas não querem aceitar o resultado da eleição e querem se sobrepor à força à grande maioria que elegeu Lula presidente do Brasil. O primeiro ato de quem se diz democrático é respeitar o resultado da escolha da maioria”, argumentou.

Os ataques ao Judiciário e ao Legislativo, segundo o parlamentar, têm sido incentivados há quatro anos pelo atual presidente da República. “Bolsonaro é o grande responsável por este grupo ensandecido. É muito difícil avaliar no campo da racionalidade a postura e as iniciativas tomadas por este grupo de pessoas radicalizado que tenta destruir aquilo que o povo escolheu no dia da eleição”.

Para Zé Nunes, os atos violentos praticados por este grupo ganham um peso ainda maior devido ao momento de dificuldade em que atravessa o país. “Temos mais de 35 milhões de pessoas na orla da miséria, que passam fome, mais de 40 milhões que vivem na informalidade, que vivem de bicos. A situação econômica no Brasil é muito grave e nós estamos vendo o estrago feito no orçamento para 2023 e a dificuldade para recompô-lo. Esse grupo é um grupo sectário que precisa ser combatido e todos nós temos a obrigação de defender a democracia Brasileira”, concluiu.

Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)

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