sábado, 23 novembro
Foto Joaquim Moura

O vice-líder da Bancada do PT na Assembleia Legislativa, deputado Luiz Fernando Mainardi ocupou a tribuna, na tarde desta terça-feira (14), para falar sobre as expectativas em relação a votação do projeto do Piso Regional. “Expectativa porque na semana passada as organizações sindicais reuniram-se com o executivo para tratar da pauta e hoje, na qualidade de coordenador da Frente Parlamentar do Piso Regional estivemos com o Secretário Artur Lemos tratando do mesmo tema”.

Para Mainardi a perspectiva é por conta da inflação “vivida por todos os brasileiros”. Além disso, “se estamos enfrentando, de um lado, o aumento do custo de vida, de outro, estamos vendo que a reposição não está correspondendo aquilo que se espera que o trabalhador deveria ter” desabafou. O parlamentar ressaltou que caso este não seja o momento para que o executivo dê aumentos reais por conta da economia, “certamente não é com o arrocho salarial que vai se retomar a economia”.

O deputado ainda lembrou que o poder público estadual conta com cerca de 20 mil servidores que pertencem a categorias enquadradas no Piso Regional. “Temos no serviço público 14 mil pessoas, que são servidores de escola em sua maioria, chamadas de serventes merendeiras, e mais outros 6 mil que tem um piso enquanto categoria de pouco mais de R$ 600. Mesmo que tivessem recebido os 6% do reajuste geral aprovado na ALRS, eles equivaleriam a R$ 30 para estas categorias, o que não alteraria os seus salários, pois sairia do completivo pago a quem recebe menos de um salário mínimo nacional”, avaliou. Ele foi mais longe em sua análise e lembrou que o Executivo, ao conceder 6% de reposição geral, fez com que os “menores salários do Estado não tivessem reajuste real e os maiores salários fossem impactados positivamente, ou seja, uma medida como essa só distancia ainda mais os maiores dos menores salários”.

A expectativa é de que o Poder Executivo envie um projeto de reajuste do Piso Regional que recupere as perdas do ano de 2019, que foi em torno de 4,5%, além das perdas de mais de 10% em 2020, totalizando uma reposição de 15,5%. “É que estamos esperando do governo, para que no mês de julho possamos votar essa matéria”.

Texto: Raquel Wunsch (MTE 12867)

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