domingo, 24 novembro
Atividade na Fetag. Foto Rafael Stedile

O deputado Edegar Pretto foi recebido, na manhã desta segunda-feira (09), pela diretoria da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (FETAG-RS). Pretto, que sempre esteve à frente das principais pautas da agricultura no Estado, falou das dificuldades enfrentadas pelos homens e mulheres do campo, especialmente os que trabalham na agricultura familiar. “Nós tivemos, no início de 2022, a pior seca dos últimos 70 anos. Quase todos os municípios gaúchos entraram em situação de emergência, muitos perderam até 100% das suas produções, famílias ficaram sem água para os animais e até para o consumo humano. Com tudo isso, é inacreditável que ainda não tenha chegado nem um auxílio emergencial para amenizar as perdas desses agricultores, ressaltou.

O parlamentar liderou diversas frentes de trabalho em busca de socorro para a agricultura. Visitou propriedades, solicitou missão oficial da Assembleia Legislativa a Brasília, ao presidente Valdeci de Oliveira (PT), e pediu a criação de uma Comissão de Representação Externa para tratar do tema. O relatório da comissão apontou a necessidade de políticas públicas capazes de minimizar os impactos da atual estiagem e das que venham a surgir nos próximos anos, com medidas de curto, médio e longo prazo. “As estiagens no nosso estado são recorrentes e, portanto, previsíveis. Sendo assim, é possível criar políticas que possam garantir estabilidade para os nossos homens e mulheres do campo. Eles não podem ser penalizados, perdendo a sua produção, depois de um ano inteiro de trabalho, por conta da irresponsabilidade dos governos estadual e federal, que sabiam que teríamos estiagem foram omissos”, enfatizou Pretto.

Para o presidente da FETAG, Carlos Joel da Silva, a agricultura, principalmente a familiar, precisa ter mais reconhecimento. “Grande parte dos alimentos que vão para mesa das pessoas são produzidos pelas mãos de homens e mulheres que estão no meio rural. E quando a gente olha para o orçamento que nós temos destinado à agricultura, nos municípios, no estado e também no governo federal, é muito pequeno”. Outro ponto destacado por Joel como prioridade é que os governos criem políticas de valorização e de desenvolvimento do meio rural, incluindo sistema de produção, de educação, de saúde, de estradas e de infraestrutura como um todo.

“Precisamos que os governos olhem para a questão dos estoques, direcionando os produtos para as compras governamentais e que a gente possa abrir esse leque. Nós estamos vindo de uma estiagem e já estamos com enchentes em algumas regiões, e os atendimentos para a estiagem ainda não chegaram. Isso é prioridade e é isso que a gente cobra dos governos, que se olhe de fato para a agricultura familiar do nosso Rio Grande do Sul e do Brasil”, completou o presidente da FETAG.

Texto: Silvana Granja

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