Encontro reuniu representantes do CPERS e do DCE da UFSM, em Santa Maria
O deputado Edegar Pretto participou, em Santa Maria, da mobilização do CPERS Sindicato e Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFSM, que a exemplo de diversas outras entidades no Brasil estão lutando para que a Reforma Administrativa proposta pelo governo (PEC 32) não seja aprovada. A proposta vai contra direitos dos servidores, que estão previstos na Constituição de 1988 e têm sido decisivos para elevar a qualidade dos serviços públicos no país.
Os professores relatam que estão sem perspectivas de aposentadoria e que a carreira no magistério acabou. Outra preocupação são as contratações sem concurso público. Conforme os representantes da categoria, atualmente cerca de 40% dos profissionais do magistério são contratados.
No entendimento do deputado, não será uma luta fácil, mas é preciso continuar. “Meu pai se estivesse aqui nos diria: tenham coragem, tenham esperança. É isso que nos move. Temos que estar muito presentes ao lado do povo pobre e sofrido, que precisa enxergar em nós a esperança.” Disse ainda, que é necessário ter um Estado que olhe para todos e todas.
“O governo do Estado está ausente e tentando vender as estatais como se tivesse vendendo um móvel de casa. As escolas precisam acolher dignamente os alunos. Precisamos construir um estado que dê a segurança na alimentação, na educação e na saúde pública de qualidade, para quem não tem um plano particular”, ressaltou Edegar Pretto.
A professora Cleusa Teresinha Albuquerque disse que se a PEC passar, a categoria não terá aumento de salário e os profissionais terão que trabalhar mais para pagar a previdência. “É só notícia ruim. O professor sobrevive hoje de teimoso, porque é esperançoso. É muita coisa ruim acontecendo ao mesmo tempo. Temos que ter uma causa e um motivo para acordarmos e levantarmos todas as manhãs. Nós professores estamos abaixo da linha da miséria”, desabafou.
Conforme a coordenadora do 2º Núcleo do CPERS-Sindicato, que abrange Santa Maria e região, Dgenne Ribeiro da Silva, a principal luta dos servidores é para desfazer a imagem que a sociedade tem de que o serviço público é um parasita. “Todos que hoje estão a favor da PEC 32 fazem esse discurso de que tem muita gente ganhando muito para fazer nada. Então nós precisamos trazer para a sociedade a vivência do serviço público, mostrar que os altos salários não estão naquelas bases que atendem diretamente a população, que não existe isso. Que existem sim muitos setores, como por exemplo na educação, em que os servidores tiram do próprio bolso para desenvolver o seu trabalho”, esclareceu.
Texto: Leandro Molina (MTE 14614)