domingo, 24 novembro
Crédito: Ronaldo Quadrado

Desde o momento que o governador anunciou a intenção de privatizar a Corsan, o deputado estadual Luiz Fernando Mainardi tem trabalhado para mostrar os riscos da proposta. O próprio Eduardo Leite na campanha eleitoral de 2018 havia ressaltado que a empresa era estratégica para o desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Sul. Porém, Mainardi ressalta que descumprir a palavra é o menor dos erros do governador sobre o assunto.

“Basta conferir os números. A Corsan tem capacidade financeira para efetuar as obras de abastecimento e tratamento para atingir as metas previstas no marco do saneamento. Além disso, o Governo encaminha a privatização da água sem ouvir a população e, mais grave ainda, sem ouvir os prefeitos”.

O poder concedente da água são os municípios. Portanto, há riscos jurídicos se a Corsan for privatizada.

Diante deste quadro, o parlamentar reuniu nesta sexta-feira (27) com a bancada de vereadores do PT na Câmara de Vereadores para planejar atividades conjuntos para abordar o tema. Lelinho Lopes, Caren Castencio, Marlon Monteiro e Flavius Dajulia irão propor uma audiência pública sobre o tema na Comissão de Infraestrutura do parlamento municipal. A ideia é organizar em conjunto com a Frente Parlamentar em Defesa da Água Pública da Assembleia Legislativa.

“A privatização da Corsan terá reflexos inclusive nos municípios que possuem suas empresas, como o DAEB. Tratar a água como uma mercadoria, entregando o controle para que visa o lucro, deu errado no mundo inteiro. A população tem que participar do debate ou depois será tarde para reclamar do aumento da tarifa e da piora na qualidade do serviço”, acrescenta o deputado.

Conforme estudos do Sindiágua-RS, a Corsan tem capacidade de obter recursos extras para investimentos no valor de R$ 17,9 bilhões nos próximos 20 anos.

Texto: Elis Regina Cartaxo (MTB 18557)

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