quarta-feira, 20 novembro
Crédito Ronaldo Quadrado

Depois de 22 anos, o médico Gilberto Pepe Vargas retorna à Assembleia Legislativa. Ele já tinha ocupado uma cadeira entre 1995 e 1996, ano em que deixou o Parlamento gaúcho para assumir seu primeiro mandato como prefeito de Caxias do Sul. Nas eleições deste ano, recebeu 38.798 votos.

Ex-líder estudantil, iniciou sua trajetória política no final dos anos 1970 na oposição à ditadura militar. Integrante da direção da União Estadual dos Estudantes (UEE), foi um dos protagonistas da mobilização pelas Diretas Já no Rio Grande do Sul no início da década de 1980.

Em 2000, foi reeleito prefeito. Sua gestão obteve, segundo o Ibope, 92% de aprovação popular e foi marcada por garantir a Caxias do Sul a primeira colocação no Índice de Desenvolvimento Socioeconômico, que avalia a situação dos municípios em relação à educação, renda e saúde.

Em 2006, Pepe Vargas conquistou uma vaga na Câmara dos Deputados, obtendo a maior votação do PT naquela eleição. Foi reconduzido ao cargo nos dois pleitos seguintes. Em 2012, se afastou do parlamento para assumir o Ministério do Desenvolvimento Agrário. Em 2015, comandou a Secretaria de Relações Institucionais do Palácio do Planalto, antes de liderar a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República.

Na Assembleia Legislativa, pretende priorizar o debate sobre os problemas estruturais do Estado, em especial, a situação das finanças públicas. “A maior ou menor possibilidade de termos políticas adequadas na educação, saúde, segurança e infraestrutura dependem da forma como este tema será encaminhado”, justifica.

Pepe Vargas acredita que os governos de Eduardo Leite e Jair Bolsonaro terão orientação econômica neoliberal e, por isso, há motivos de preocupação em relação ao financiamento das políticas públicas, que “serāo pressionadas pela equivocada visão de buscar ajustes financeiros exclusivamente pela contenção das despesas”. “Vamos contrapor a esta visão a necessidade de políticas que gerem crescimento, tanto para aumentar o emprego como para melhorar a receita, opondo-nos à venda de empresas públicas. Além disso, nosso mandato estará ao lado dos setores da sociedade civil que se mobilizarem em defesa de direitos econômicos e sociais, da democracia e contra a intolerância e toda e qualquer forma de discriminação e preconceito”, promete.

Fonte: Agência de Notícias ALRS

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