domingo, 24 novembro

O deputado Valdeci Oliveira (PT) teve aprovado, na reunião ordinária da Comissão de Saúde e de Meio Ambiente (CSMA) da Assembleia Legislativa desta quarta-feira, 30, a realização de três importantes audiências públicas para debater temas relevantes ligados à saúde da população gaúcha. Por unanimidade dos votos dos integrantes da CSMA, foram aprovadas audiências para discutir uma política estadual para os hospitais de pequeno porte no RS,  a importância da Procergs na organização da política estadual da saúde e, uma terceira, para debater a questão da dispensação de materiais e insumos a usuários de sondas vesicais e fraldas no Estado.  As datas dos encontros, que por conta dos protocolos que atendem as medidas de distanciamento social serão realizados por meio virtual, serão definidas nos próximos dias de acordo com a grade de agendamentos de atividades da Comissão.

Procergs
“A questão da Procergs, que está na mira do executivo estadual para ser privatizada, tem causado grande preocupação, pois o governo já sinalizou o fechamento das seis coordenadorias regionais do órgão no interior do estado – Santa Maria, Passo Fundo, Alegrete, Santo Ângelo, Caxias do Sul e Pelotas -, o que irá refletir diretamente em questões ligadas ao desenvolvimento regional nos seus mais diferentes aspectos. O papel estratégico da empresa no levantamento de dados que orientam as pesquisas e a formulação das ações governamentais vinculadas à saúde pública está entre elas e precisa ser debatido, esclarecido de como ficará”, justificou Valdeci.

Materiais insuficientes e de pouca qualidade
Já no caso do fornecimento de materiais de uso contínuo, como as sondas vesicais e fraldas descartáveis para uso domiciliar a idosos, crianças, cadeirantes e acamados por parte da Secretaria Estadual da Saúde, o parlamentar argumentou que o tema foi trazido há algumas semanas à Comissão pela vereadora de Porto Alegre Reginete Bispo (PT) e pela representante dos Movimento de Mulheres com Deficiência, Ewelin Canizares,  que relataram as dificuldades no fornecimento dos insumos. Segundo elas, os problemas enfrentados em todo o estado pelos usuários vai da quantidade insuficiente de materiais fornecidos pelas prefeituras à qualidade destes.”O que tem acontecido, segundo nos foi informado, é que as pessoas que dependem dos materiais têm aumentando o risco de contrair infecções, com a possibilidade de comprometimento ainda maior dos seus sistemas imunológicos, deixando-os mais suscetíveis às doenças e complicações decorrentes. E isso precisa ser discutido e solucionado”, destaca Valdeci. A péssima qualidade do material das fraldas, por exemplo, segundo o que foi trazido à CSMA,  faz com que normalmente esta venha com furos e quantidade de gel insuficiente para a absorção de líquidos. No caso das sondas, a falta tem resultado na orientação para que as pessoas as higienizem e as reutilizem, procedimentos que são totalmente incorretos e que colocam a saúde dos usuários em sério risco.

Texto: Tiago Machado – MTE 9.415
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