Solenidade de entrega da Medalha da 55ª Legislatura da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aconteceu na noite desta quinta-feira em ambiente virtual
O deputado Fernando Marroni (PT) entregou a Medalha da 55ª Legislatura da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul na noite desta quinta-feira (29) para a Agapan (Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural), em evento online, por ocasião do aniversário de 50 anos de atuação dessa instituição, que foi a primeira ONG ambientalista do Brasil e uma das pioneiras no mundo.
“A Agapan jamais se omitiu, ao contrário, sempre se manifestou publicamente nos momentos críticos da conjuntura de crise ecológica e civilizatória em que vivemos”, disse o deputado Marroni.
Fundada em abril de 1971 em Porto Alegre, a Agapan já foi protagonista de importantes pautas, como a promoção da Ecologia como ciência em uma época em que o tema ainda era desconhecido. Durante esse meio século de atuação, já ganhou repercussão nacional e internacional na defesa de pautas do meio ambiente através de diversos tipos de ações, como manifestações, constante defesa da Amazônia, divulgação de informações, participação em Fóruns e Conselhos municipais, estaduais e federais de saúde e meio ambiente, entre outras tantas formas de atuação que a Agapan realiza de forma brilhante.
O deputado Fernando Marroni também destacou a participação da instituição na criação da Lei Estadual nº 7.747/1982, que dispõe sobre o controle de agrotóxicos e outros biocidas, sendo essa anterior e mais protetiva que a própria legislação brasileira, e serve como exemplo para outros estados. “A Lei Gaúcha dos Agrotóxicos, mais do que pedida, foi construída com o imprescindível apoio da Entidade”, disse o deputado, ao citar a posição contrária da Agapan ao projeto que tramita na Assembleia para liberar a comercialização de agrotóxicos em solo gaúcho que não tem seu uso autorizado nos países em que são fabricados.
O presidente da Agapan, Francisco Milanez, convidou os participantes do evento para uma viagem no tempo, para lembrar da realidade da cidade de Porto Alegre e do Brasil 50 anos atrás, citando as conquistas e desafios da área do meio ambiente pela Agapan, e também traçou um cenário de como seria o nosso país se desde a criação da instituição tivesse havido maior apoio da sociedade. Para Milanez, a população seria muito mais saudável, desenvolvida e feliz se a preservação do meio ambiente fosse tratada mais seriamente: “Nós teríamos uma cidade alegre, teríamos recuperado a natureza para dentro da cidade, […] nós teríamos crianças que não teriam medo de deitar na grama, que não teriam o cérebro subdesenvolvido por falta de bactérias necessárias nos quatro primeiros anos de vida para desenvolver o sistema nervoso e que estão no solo”, alertou.
“Quanto mais se desmata, mais pandemias podem surgir”, advertiu Heverton Lacerda, vice-presidente da Agapan.
Também citamos e agradecemos a presença da deputada Sofia Cavedon; Prof. Alfredo Gui Ferreira, sócio-fundador da Agapan; Andreia Maranhão Carneiro, Bióloga e filha de Augusto Carneiro; Sr. Roni Bonow, do CAPA Pelotas; Dra Marilia Longo do Nascimento, Presidente da Comissão de Direito Ambiental da OAB/RS; Profª. Ursula Rosa Da Silva, vice-reitora representando a reitoria da UFPEL; Dra Flavia Rumi Steinbruch, representante da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul; Prof. Marcelo Dutra, da FURG; Profª. Nídia Heringer, reitora do IF Farroupilha; Leonel Radde, Vereador de Porto Alegre; Edi Fonseca, ex-presidente da Agapan; Ana Valls, Conselheira da Agapan; Getúlio Vargas Jr., Presidente da Confederação Nacional das Associações de Moradores (CONAM); Ana Marchesan, Promotora de Justiça do Ministério Público Estadual; Paulo Roberto Menezes, do Conselho Municipal do Meio Ambiente; e Ricardo Pereira, representando o vereador Pedro Ruas.
Texto: Maria Lucia Walerko Moreira (MTE 18896)