Preocupado com a grave crise do sistema de saúde do Rio Grande do Sul, o deputado Miguel Rossetto afirmou, nesta quarta-feira (04/06), que o governador Eduardo Leite é o responsável pelo cenário atual. Líder da bancada do PT/PCdoB na Assembleia, Rossetto ressaltou que os serviços de urgência e emergência estão em níveis críticos. Ao reforçar que o RS investe menos do que os 12% constitucionais, o deputado alertou que o Estado vai deixar de investir R$ 1,4 bilhão em saúde neste ano por não cumprir o índice.
Ao comparar os investimentos do governo Lula e do governo do Estado, Rossetto mencionou a iniciativa do GHC, que iniciou o terceiro turno para reduzir as filas do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir do Programa Mais Acesso a Especialidades, do Ministério da Saúde. “Se por um lado vemos por parte do Governo Lula ampliação de recursos, novos programas, o GHC agora trabalhando em três turnos, nada disso acontece a partir do governo do Estado. O governador Eduardo Leite é devedor da saúde do povo gaúcho. Ele que não cumpre o mínimo constitucional de 12% para a saúde, é o grande responsável pelas filas no atendimento”, avaliou.
Conforme Rossetto, os quatro hospitais do GHC passaram a funcionar no terceiro turno. Agora, os hospitais estão abertos de segunda a sexta das 19h à 1h e nos sábados das 7h às 19h para realizar cirurgias, consultas e exames. “Isso é uma demonstração de compromisso, de dedicação. Esta iniciativa merece a nossa homenagem, e queremos que seja acompanhada por outros hospitais, pelas redes de saúde do nosso Estado”, sugeriu.
O deputado acrescentou que os municípios cumprem a obrigação constitucional e aplicam o mínimo de 15% na saúde, ao contrário do governo Leite. “O governador precisa cumprir a lei. Nada é mais importante do que utilizar recursos públicos para garantir a saúde da nossa população”, afirmou.
Texto: Felipe Samuel (12.344) e Juliana Thomaz (MTE 9377)
Foto: Kelly Demo Christ