A deputada Laura Sito (PT) realizou, na tarde de quinta-feira (29), uma visita à presidência da Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (AJURIS). Recebida pelo presidente da entidade, Cristiano Vilhalba Flores, a parlamentar participou de uma conversa respeitosa e institucional, cujo objetivo principal foi fortalecer o diálogo entre os poderes e elucidar a repercussão de uma manifestação feita por ela nas redes sociais sobre decisão proferida por um magistrado gaúcho.
Durante o encontro, Laura reafirmou sua postura de respeito ao Poder Judiciário e aos seus integrantes, como o magistrado Thiago Notari Bertoncello, destacando que “de forma alguma esta situação dirime o reconhecimento e a admiração que tenho pela magistratura, que exerce um papel fundamental na preservação da democracia e na manutenção dos direitos de todos os cidadãos”, conforme escreveu na carta entregue à entidade. A deputada também reforçou seu compromisso com o equilíbrio e a responsabilidade no debate público. e reiterou que como servidora pública de carreira, valoriza o serviço técnico e imparcial.
A reunião simbolizou um gesto de reconciliação institucional. A AJURIS, por sua vez, reiterou sua disposição ao diálogo construtivo com os diferentes setores da sociedade, inclusive com representantes do Parlamento, ressaltando a importância de preservar o respeito entre os poderes como base de uma democracia sólida.
Após a manifestação pública sobre a decisão judicial, a deputada Laura Sito relatou que também foi alvo de uma série de ataques nas redes sociais, incluindo agressões racistas, que foram objeto da abertura de um boletim de ocorrência. Em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa, ela denunciou que, após ter sua opinião exposta por parlamentares, passou a receber mensagens com ofensas relacionadas à cor da sua pele, ao seu cabelo e à forma como se expressa. Laura reforçou que o exercício do mandato parlamentar — especialmente de uma mulher negra — não pode ser silenciado por violência racial. “Estava no uso constitucional da minha atribuição de expressar minha opinião, e ela jamais poderia ser distorcida dessa forma”, afirmou.
Lucas Boni -MTE 17123
Foto: João Conceição