quarta-feira, 12 março

Em encontro com a ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva, na terça-feira (11), em Porto Alegre, a deputada estadual Laura Sito (PT) e representantes do Movimento Unificado em Defesa do Litoral Norte (MOV/LN) reforçaram a necessidade de intervenção federal para impedir que a Corsan/Aegea direcione esgotos provenientes das cidades e condomínios privados de Capão da Canoa e Xangri-Lá. O grupo questiona a gestão do saneamento daqueles municípios.

Os ativistas alertam ainda para os impactos ambientais na região costeira, uma vez que a empresa projeta o lançamento de esgotos parcialmente tratados no canal lagunar conhecido como Rio Tramandaí, no município de Osório. O MOV/LN entregou um documento à ministra em que destaca a urgência do pleito, alertando para o risco de degradação irreversível do sistema lagunar costeiro, do estuário e do mar onde os resíduos deságuam. O documento também destaca a necessidade de uma mudança de postura quanto à fiscalização do projeto, ressaltando que a zona costeira brasileira é considerada patrimônio nacional pela Constituição Federal e requer uma defesa rigorosa.

“Estamos mobilizados para impedir que o esgoto seja despejado no Rio Tramandaí. Essa obra ameaça não só o ecossistema, mas também a vida de quilombolas, indígenas, ribeirinhos, pescadores e toda a população do litoral norte do Rio Grande do Sul. Com embasamento teórico, político e jurídico, buscamos sensibilizar o Ministério do Meio Ambiente e da Mudança do Clima para a gravidade dessa situação”, afirmou Laura Sito.

O movimento segue mobilizando a sociedade civil, órgãos ambientais e parlamentares para garantir que a fiscalização e o licenciamento ambiental ocorram de maneira transparente e responsável, protegendo o ecossistema costeiro e as comunidades impactadas.

Texto e foto: Nathália Schneider

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