A deputada Laura Sito celebrou os 30 anos do Relatório Azul e reafirmou o compromisso com os direitos humanos no RS. Nesta terça-feira, 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos, ocorreu o lançamento da edição comemorativa de 30 anos do “Relatório Azul: garantias e violações dos direitos humanos no Rio Grande do Sul” da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos (CCDH) da Assembleia Legislativa do RS. O evento, realizado no Salão Júlio de Castilhos, reafirmou o papel central do relatório como ferramenta de denúncia, reflexão e transformação social no estado e no Brasil.
Sob a condução da deputada Laura Sito, Presidenta da CCDH, a edição especial trouxe uma abordagem interseccional e contemporânea sobre os desafios enfrentados pela população gaúcha, destacando temas como racismo, violência de gênero, trabalho análogo à escravidão e os impactos sociais e ambientais da crise climática no estado. “O Relatório Azul é a memória viva de nossa luta pelos direitos humanos. Ele nos lembra das dores das vítimas, mas também das batalhas e conquistas de quem não desiste de lutar por justiça e
igualdade”, afirmou a deputada.
Na presença de representantes de movimentos sociais, instituições e órgãos públicos, especialistas e lideranças políticas, a cerimônia foi marcado pela luta por uma Palestina livre, com apresentação de dança do Grupo Folclórico Palestino Terra, e pelo movimento sem anistia, que recebe especial apelo sob os 60 anos do Golpe Militar, tema abordado pelo escritor e ex-deputado Raul Carrion. O jornalista e sociólogo Marcos Rolim também foi convidado a discursar no evento, pois foi sob sua presidência, quando ocupava uma cadeira na Assembleia Legislativa, que a CCDH publicou o primeiro Relatório Azul.
Criado em 1994, o Relatório Azul consolidou-se como uma das principais ferramentas da CCDH para monitorar e expor violações de direitos no estado. Laura Sito, primeira mulher negra a presidir a comissão, reforçou o compromisso de ampliar a visibilidade das questões que afetam as populações mais vulneráveis. “E quando nós falamos em direitos, nós também falamos de quantas vezes a disputa sobre ele também silencia, também mata, também normaliza genocídios e o quanto que é fundamental que nós possamos denunciar e usar nossa voz muito alto para que nós possamos também debater o que é um conceito de universalização de direitos e de democracia”, declarou Sito.
A edição especial dos 30 anos do Relatório Azul reafirma o protagonismo da CCDH, criada em 1981 como a primeira comissão parlamentar no Brasil dedicada aos direitos humanos, e o compromisso de Laura Sito em fortalecer as lutas sociais, promovendo visibilidade e justiça para todos os cidadãos.
Foto e texto: Nathália Schneider