quinta-feira, 21 novembro

A Assembleia Legislativa foi palco nesta quinta-feira (21) de um importante debate sobre o desmatamento e o corte abusivo de árvores no Parque Saint Hilaire, em Viamão. O encontro realizado no Plenarinho reuniu ambientalistas, movimentos socioambientais, estudantes e membros da sociedade civil, todos unidos em defesa deste vital ecossistema, considerado o pulmão da região metropolitana de Porto Alegre.

Durante a discussão, foram destacados a urgência e a necessidade de medidas concretas para enfrentar a exploração predatória dos recursos naturais que sustentam o parque. Durante a audiência, foram feitas denúncias alarmantes sobre os abusos cometidos por autoridades e a evidente negligência na fiscalização ambiental.

Diante da gravidade da situação, foi proposta a criação de uma comissão que irá tratar especificamente das questões relacionadas ao desmatamento e das ações necessárias para a contenção. O objetivo é unir esforços e levar a pauta às instâncias superiores, clamando pela interdição das máquinas que estão destruindo o parque.

Durante a abertura da audiência, Adão Pretto Filho relembrou de quando frequentava o Parque Saint Hilaire, na infância. Para o deputado, o espaço é uma espécie de pulmão da Região Metropolitana.

“A emergência climática que estamos vivendo não é obra do acaso. O desmatamento de áreas verdes como o que estamos vendo no Parque Saint Hilaire traz resultados. Não podemos nos calar diante dessa situação, que configura um crime ambiental, na minha opinião”, afirmou Adão.

Os participantes da audiência pública relataram o uso de carros sem identificação para a retirada de madeiras na área da Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre. O local faz divisa com o Viamão e é identificado como o maior ponto de irregularidades. Também há denúncias de trabalho análogo à escravidão e derrubada de árvores nativas.

A comissão criada para exigir providências pretende encaminhar solicitação de esclarecimentos sobre os valores empregados na reforma do parque e também deve exigir maior rigor e fiscalização por parte de órgãos como Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado.

Texto: Guilherme Zanini 

Foto: Paulo Roberto da Silva

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