terça-feira, 12 novembro
 
 

A comunidade de Vera Cruz não apoia a municipalização da EEEF Ten. José Jerônimo Mesquita

Na Audiência Pública em Vera Cruz, promovida pelo 18° Núcleo do Cpers, que debateu a municipalização da Escola Mesquita, realizada na noite desta quinta, 07, a comunidade se manifestou contra a municipalização da escola, considerada um patrimônio do município. A nossa resposta enquanto comunidade escolar é não à municipalização”, expressou uma das mães, Daiana Sins.

A deputada Sofia Cavedon, presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, destacou no encontro que a municipalização não pode ser uma escolha do Estado, mas sim, uma decisão do município de Vera Cruz. Sofia afirmou que a luta dos pais e mães está correta porque os municípios, de forma geral, não atendem às metas do Plano da Educação Infantil e têm que avançar em turno integral. “Na educação infantil, em Vera Cruz por exemplo, não é uma realidade as crianças de 4 e 5 anos serem atendidas em turno integral, mesmo tendo regime de colaboração com escolas estaduais. O Estado tem que contribuir para avançar, para cumprir as metas do Plano Nacional de Educação de turno integral no ensino fundamental. Não dá para aceitar que o Estado se desresponsabilize”. A deputada disse ainda que é preciso uma garantia de educação para todos, desde os bebês para as mães e pais trabalharem.

Na audiência a secretária municipal de Educação, Micheli Rech, disse que a voz da comunidade será ouvida e o coordenador da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Luiz Ricardo Pinho de Moura, destacou que houve, em 2023, uma consulta que partiu da Secretaria Estadual da Educação, mas o município apontou o desejo de não assumir a responsabilidade, assim, o processo foi arquivado. A diretora Márcia Mueller Regert, destaca que o início dessa mobilização partiu de uma notícia informal recebida sobre essa possibilidade de troca de manutenção e que seria de forma imediata, já para janeiro próximo.

Hoje, o Mesquita conta com 212 estudantes do 1º ao 5º ano, inclusive há fila de espera para ingressar no educandário de 85 anos de trajetória, com reconhecida qualidade no ensino, estrutura física propícia e vínculo com a comunidade vera-cruzense.
 
Texto: Marta Resing – MTb 5405
Foto: Hiashine Florentino
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