Deputado Mainardi palestra em seminário no TRT sobre os direitos dos trabalhadores terceirizados

Deputado Mainardi palestra em seminário no TRT sobre os direitos dos trabalhadores terceirizados

 

Como autor do projeto de Lei PL 324/2019, que culminou com a aprovação da Lei estadual N° 16.110, de 9 de Abril de 2024, conhecida como “Lei Anti Calote”, que visa garantir os direitos trabalhistas aos funcionários contratados pelo estado de forma terceirizada, o deputado Luiz Fernando Mainardi (PT) palestrou na manhã da sexta-feira (18) no Seminário sobre Terceirização, promovido pela Escola do Judiciário do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) – 4° Região em parceria com o Instituto Trabalho e Transformação Social, na sede do TRT, em Porto Alegre.

Entre os objetivos do encontro está a busca de subsídios para uma regulamentação adequada ao ordenamento jurídico, tanto do ponto de vista do trabalho decente como do ambiente empresarial. Para o diretor da Escola Judicial, Fabiano Hols Besera, o evento possui relevância para os operadores do Direito que buscam uma compreensão aprofundada e atualizada sobre a terceirização e suas implicações práticas no mundo do trabalho.

Mainardi, participou do primeiro painel sobre “Terceirização no Setor Público- Garantias Contratuais e Fiscalização”, moderado pelo juiz do TRT4° Fábio Luiz Pacheco, ao lado da chefe da área de Direito do Trabalho da Advocacia Geral da União, Dra. Mônica Casartelli. O deputado destacou a importância da Justiça do Trabalho, da regulação das relações de trabalho e na defesa dos trabalhadores terceirizados que, além de serem explorados ganhando muito menos, são desrespeitados, não só na iniciativa privada, como também no setor público. “Isso foi contaminando o estado. Aqui no RS, a educação foi totalmente contaminada. Hoje dos 50 mil professores do estado, mais de 25 mil são contratados e não ascendem na carreira, que pouco importa se tiverem uma formação maior ou não, e ainda dão o discurso de que este governo paga o piso regional de salários”, frisou.

De acordo com o advogado e coordenador do Instituto Trabalho e Transformação Social (IT TS), Antônio Escosteguy Castro a liberação da terceirização nas atividades-fim das empresas, particularmente após a Reforma Trabalhista da Lei 13467, rompeu com a até então sólida restrição às atividades-meio e deflagrou o uso indiscriminado e hoje, sem dúvida, abusivo desse instituto. “A terceirização se tornou abusiva, quem mais perde são os trabalhadores”, disse Castro.

Também participou do seminário o deputado estadual Jeferson Fernandes (PT). 

 

 

Texto: Rene Oliveira 

Foto: Thiago Koche