Frente parlamentar de homens pelo fim da violência contra a mulher retoma as atividades após as enchentes

Frente parlamentar de homens pelo fim da violência contra a mulher retoma as atividades após as enchentes

 

Após mais de três meses, a Frente Parlamentar de Homens Pelo Fim da Violência Contra a Mulher retomou as atividades nesta segunda-feira (12). Em reunião na sala de convergência Adão Pretto, diferentes lideranças discutiram a necessidade de ampliar a atuação do coletivo que visa erradicar a violência contra a mulher.

Dentre as propostas apresentadas estão a atuação em jogos de futebol, inicialmente em Porto Alegre. A ideia é fazer ações de conscientização acerca do combate à violência contra a mulher antes das partidas. Na reunião do grupo de trabalho, estiveram presentes representantes do Sport Club Internacional e da Federação Gaúcha de Futebol.

Uma das convidadas para a reunião foi Karen Lose, que atuou na criação da Frente Parlamentar, e relatou avanços, como campanha da máscara roxa, em que mulheres vítimas de violência doméstica durante a pandemia iam até farmácias e, ao pedirem para comprar máscaras roxas, eram identificadas como vítimas. A partir daí as autoridades competentes iam em busca dos agressores.

 

Necessidade de ampliar o combate à violência contra a mulher

Criada pelo então deputado estadual Edegar Pretto, a Frente Parlamentar de Homens Pelo Fim da Violência Contra a Mulher hoje é coordenada por Adão Pretto Filho, que ressalta a necessidade de mais conscientização e ações práticas sobre o tema.

“Tivemos um aumento nos casos de violência contra a mulher, o que é inadmissível. A grande maioria desses crimes é praticada por homens. Temos que ocupar os espaços, debater e combater essa prática, seja nos estádios de futebol, nos CTGs, nos bares, onde for”, destacou Adão.

Na última semana, a Lei Maria da Penha completou 18 anos. Apesar dos avanços no combate, as estatísticas da violência contra a mulher ainda são altas. Dados do último Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostram que em 2023, os casos de violência contra a mulher aumentaram 9,8% em relação a 2022. Dentre as práticas mais comuns estão homicídio e feminicídio (tentados e consumados), agressões em contexto de violência doméstica, ameaças, perseguição (stalking), violência psicológica e estupro.

A Frente Parlamentar também está organizando para os próximos meses atividades em bares de Porto Alegre. O deputado Adão Pretto Filho afirmou que vai procurar vereadores e prefeitos eleitos em outubro para ampliar a atuação do grupo de trabalho pelo interior do Estado.

“Temos muito o que avançar e um feito incrível seria estimular que novas frentes parlamentares pelo Rio Grande do Sul. Estamos plantando uma semente. Sou pai de duas meninas e meu desejo é que possamos erradicar ao máximo a violência contra as mulheres”, concluiu o deputado.