No último sábado (13), o deputado Adão Pretto Filho realizou uma audiência pública em Santa Maria para debater o PL104/2023. O projeto, de autoria do parlamentar, propõe a criação de uma política estadual de fomento à agropecuária regenerativa e sustentável no Rio Grande do Sul. A proposta tem por objetivo diminuir o uso de agrotóxicos no Estado, bem como dar alternativas aos agricultores, por meio da utilização do bioinsumos.
Dessa forma, quem produz alimentos, pode reduzir o uso de venenos nas lavouras e aumentar a rentabilidade na colheita. Durante sua fala, Adão destacou que o projeto propõe uma transição agroecológica, conceito cada vez mais utilizado na produção de alimentos e que consiste em práticas mais sustentáveis nos sistemas de produção, resulta em benefícios econômicos e ecológicos para agricultores.
“Passamos por uma tragédia sem precedentes na história recente do Brasil. As enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul escancararam a necessidade urgente de revermos a relação com os recursos naturais e termos alternativas às práticas nocivas das multinacionais que impõem aos agricultores usos cada vez maiores de fertilizantes químicos”, explicou Adão.
A audiência pública aconteceu durante a 30ª FEICOOP – Feira Internacional do Cooperativismo e da Economia Solidária e contou com a participação do também deputado estadual Valdeci Oliveira, que destacou a atuação de Adão Pretto Filho na defesa da agricultura familiar no parlamento gaúcho. O presidente da CONAB, Edegar Pretto – irmão de Adão, falou sobre o compromisso do governo Lula em erradicar a fome do Brasil e como as práticas sustentáveis propostas no PL104/2023 podem ajudar no aumento da produção de alimentos no país, bem como na qualidade do que vai à mesa dos brasileiros.
O reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Luciano Schuch, reforçou o apoio da instituição à proposta do deputado Adão Pretto. Segundo ele, a instituição tem uma série de pesquisas e estudos que fortalecem a necessidade da transição agroecológica.
“Precisamos potencializar esse projeto e que os produtores se apropriem, que possamos desenvolver pesquisa e que possamos transformar dentro da academia. Quanto mais segurança jurídica, melhor. Vamos lutar contra essas grandes empresas”, concluiu o reitor.
Texto e foto: Guilherme Zanini