Emergência climática: O que as escolas têm a ver com isso?

Emergência climática: O que as escolas têm a ver com isso?

A Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia, presidida pela deputada Sofia Cavedon (PT), debateu nesta terça-feira (09), a emergência climática: O que as escolas têm a ver com isso?, com uma palestra do professor da UFRGS, Rualdo Menegat e posterior participação de diretores de escolas e ambientalistas para descrição dos problemas surgidos com as enchentes.

Na apresentação do debate, a presidente Sofia Cavedon disse que o tema é da reconstrução, mas perpassa o debate ambiental. “Não podemos reconstruir sem estar todo o tempo voltando às reflexões sobre o que aconteceu conosco e como podemos alterar a situação”, reforçou.

O foco da apresentação do professor Rualdo Menegat foi no que ele nominou de desastre hidrogeo climático no RS.  A palestra conduziu-se em três partes: a importância das questões climáticas; como entender o desastre ocorrido e as alternativas para o seu enfrentamento.

Menegat defendeu a escola como centro de conhecimento local para legitimar o conhecimento e tecnologias que substancializassem a infraestrutura existente e a ser realizada. Para o professor,  é preciso regenerar a infraestrutura colapsada e os serviços ecossistêmicos, diminuindo a exposição das cidades aos riscos. “Temos que pensar lá na frente nos modos de vida urbana, com gestão de riscos e com agendas acertadas com a sociedade, especialmente nas escolas. Precisamos também entender profundamente a nossa conexão com as bacias hidrográficas”, acentuou.

Ele encerrou sua apresentação afirmando que numa época de mudanças climáticas são importantes a ciência, a educação e a geoética para enfrentar os desafios emergenciais e encorajar futuras gerações.

Também se manifestaram no período a presidente da Câmara de Vereadores de Roca Sales, Jaquiseli dos Santos; a diretora da Escola Estadual de Ensino Fundamental Moinhos, de Estrela, Beatriz Reckziegel; a diretora da escola Antônio do Conto, de Encantado, Vanessa Agostini Gianezini; o representante do Coletivo Mato do Júlio, Leonardo Costa; o ambientalista Walter Kuhne e a vice-diretora da Ifsul, Veridiana Bosenbecker.

Texto: Vicente Romano – MTE 4.932 | Agência ALRS
Foto Fernando Gomes | Agência ALRS