Na condição de líder da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT), o deputado estadual Luiz Fernando Mainardi esteve reunido nesta quarta-feira (26) com lideranças do movimento sindical a fim de definir as estratégias para aprovação na Comissão de Constituição e justiça (CCJ), do Projeto de Lei nº 155/2023, que institui a política de valorização dos pisos regionais do Rio grande do Sul. Depois de receber parecer favorável do primeiro relator, deputado Delegado Zucco (Republicanos) e por não ter alcançado sete votos para ser aprovado na comissão, o
projeto foi redistribuído para nova relatoria da deputada Luciana Genro (PSOL), cujo parecer foi lido em 12 de março de 2023 e de lá para cá, teve sucessivos pedidos de vista e aguarda a votação definitiva na próxima reunião da CCJ.
Segundo Mainardi, para o projeto ser aprovado está faltando uma negociação com a base do governo, que até então não se posicionou contrariamente, mas também não se posicionou a favor. “É necessário que o governo aceite que tenhamos no estado uma política de valorização dos trabalhadores gaúchos”, afirmou Mainardi.
Para o Secretário de administração e finanças da CUT-RS, Antônio Guntzel, a estratégia é conversar com os deputados membros da CCJ, a fim de garantir o sétimo voto necessário para a aprovação do projeto. “O governo do estado precisa entender que os trabalhadores estão ansiosos por uma política de valorização do piso regional, e, colocar dinheiro no bolso do trabalhador é fazer com que os trabalhadores passem menos necessidades”, disse Guntzel.
Para a representante do Conselho Estadual de Emprego e Renda, Maria Helena de Oliveira, está faltando definir qual será o critério para o reajuste do piso no mês da data base. “O reajuste anual que queremos é pela variação anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), acrescido do percentual da variação do Produto Interno Bruto-PIB do Rio Grande do Sul apurado dois anos antes, aos moldes do reajuste do salário mínimo nacional”, afirmou.
Matéria: Renê Oliveira