A Frente Parlamentar pelo Desenvolvimento Sustentável: Meio Ambiente, Agroecologia, Direitos dos Animais e Cidades Sustentáveis, da Assembleia Legislativa do RS, realizou na última segunda-feira (24/06), reunião para debater a crise climática.
O encontro sob o mote: “Depois que a enchente passar: enfrentando as mudanças climáticas com responsabilidade social”, reuniu especialistas e técnicos preocupados com a realidade enfrentada pelo RS nos últimos meses.
O deputado Leonel Radde, que preside a Frente Parlamentar, lembrou as alterações no código ambiental feitas pelo governo Leite. “Foram 480 artigos alterados e, mesmo assim, depois dos episódios de setembro, de novembro e tudo o que vimos no final de 2023, vivemos a maior catástrofe climática do Brasil. Por isso tudo precisamos investir em um debate sério e comprometido, que traga proposições. Infelizmente o que vemos é a Assembleia e o Congresso replicando aquilo que deu errado. Nosso mandato seguirá fazendo a defesa do meio ambiente com a ajuda de todos vocês”, declarou.
A deputada federal Maria do Rosário (PT/RS) acompanhou parte do debate e o seu pronunciamento foi no sentido de alerta e compromisso. “Hoje sabemos que tudo o que vivemos nas últimas semanas pode se repetir, que podemos investir em proteção e os gestores públicos não tem o direito de não proteger, de não investir em educação ambiental e de aderir ao negacionismo climático”, enfatizou.
Radde destacou ainda que, segundo dados divulgados pelo Portal Metrópoles, nos últimos 30 anos, o nível do mar já subiu 9 centímetros e pode chegar a até 80 cm até 2100. A população atingida por esta consequência da emergência climática chega a 800 milhões em todo o mundo.
Participaram da audiência, Francisco Milanez da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Aline Santos e Yuri Silva dos Santos, representando a organização de educação ambiental Eco Green Thinking, o presidente do Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEDH), Júlio Alt; o ouvidor da Defensoria Pública do Estado (DPE/RS), Rodrigo de Medeiros; João Carmona (DPE/Meio Ambiente); Leonardo Melgarejo (Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida), Maninha Medeiros, da Frente Parlamentar das Catadoras e Catadores (Frecata), Alexandre Ribeiro, da Comunidade Quilombola Areal da Baronesa) e a presidenta do Conselho Nacional dos Direitos Humanos, Marina Dermmam, .
Texto: Luciana Fagundes – MTB 21087
Foto: Debora Beina