sexta-feira, 22 novembro

 

 

“Dia 1º de maio não é dia de aumentar nem o pão nem o feijão. É dia de aumentar o piso salarial daqueles que trabalham e constroem a riqueza do estado do Rio Grande do Sul”. A afirmação foi feita pelo deputado Miguel Rossetto (PT), que falou em nome da Federação Brasil da Esperança (PT e PCdoB), na sessão solene realizada na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (24) em Homenagem ao Dia Internacional dos Trabalhadores. A valorização dos trabalhadores e trabalhadoras faz parte de uma premissa estratégica defendida pelo Partido dos Trabalhadores que pensa um projeto de desenvolvimento para o país e para o estado a partir de uma sociedade mais igualitária sem a desigualdade estrutural que ainda existe no país e no Rio Grande do Sul.

Para Rossetto, é no trabalho que as sociedades definem se serão mais iguais ou mais desiguais. É no reconhecimento e valorização de quem trabalha que se define as sociedades. “Em nome da bancada do PT, venho defender uma estratégia que é razão de ser do nosso partido: uma sociedade democrática que vive a igualdade construída no local de trabalho a partir da valorização de quem trabalho”. O Brasil atravessa séculos de desigualdade, de uma cultura de desvalorização do trabalho essencialmente produzida a partir da imoralidade criminosa da escravidão do país. Por outro lado, disse Rossetto, o Brasil vive novos tempos. “Vivemos tempos de reconstrução do país a partir da liderança do presidente Lula, onde o trabalho volta a ser um centro de um projeto de desenvolvimento de futuro do Brasil.”

As perdas de direitos, promovidas a partir da Reforma Trabalhista que desregulamentou o direito dos trabalhadores, desvalorizou o salário mínimo e estimulou o desemprego a tal ponto que destruiu o Ministério do Trabalho também foram destacadas. “Estamos reconstruindo, o Ministério do Trabalho está vivo atuante, a política de valorização do salário mínimo faz parte de uma estratégia nacional e estamos recompondo os direitos do trabalho, o Brasil diminui a desigualdade, volta a crescer e gerar trabalho e emprego”, salientou Rossetto.

No ano passado, o Brasil começou a recuperar o emprego de tal forma que a taxa de desocupação foi a menor desde 2015, chegando a uma taxa de 7,8% de desemprego. Também em 2023, com o governo Lula, a economia país voltou a crescer com 2,9%, produzindo quase 1,5 milhão de novos postos de trabalho. Por outro lado, salientou o deputado, não há o que se comemorar no Rio Grande do Sul, que tem registrado taxas de crescimento piores que a média nacional, com a indústria registrando queda de 4%. “O Rio Grande do Sul entre todos da federação foi o que teve a menor capacidade de geração de empregos formais. Se no Brasil foram quase 1,5 milhão de novos postos, no Rio Grande do Sul ocupamos a última posição na geração de emprego com menos de 50 mil novos postos de trabalho”, enumerou Rossetto.

O deputado também manifestou solidariedade aos servidores do RS, vítimas do maior arrocho salarial da história do estado. Também reafirmou o compromisso da bancada em lutar pela aprovação do reajuste do piso salarial. “Nada justifica o RS tem um piso salarial inferior ao de Santa Catarina e do Paraná. Vamos defender respeito a quem trabalha neste estado, pois são esses que trabalham e que constroem a riqueza do nosso país”.

A bancada do PT propôs um Projeto de Lei que Institui política de valorização dos pisos salariais regionais do Rio Grande do Sul e dá outras providências, que tramita na Comissão de Constituição e Justiça desde março.

 

Texto: Claiton Stumpf – MTb 9747

Foto: Debora Beina

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