O deputado Adão Pretto Filho usou a tribuna do plenário da Assembleia Legislativa, na sessão plenária desta terça-feira (16), para, mais uma vez, cobrar dos deputados uma postura enfática quanto aos serviços prestados pela Equatorial, empresa que adquiriu a CEEE durante o governo Eduardo Leite. No espaço de liderança do Partido dos Trabalhadores (PT), Pretto relembrou as mortes de Marcelo Henrique Lopes Rosa, de 11 anos, em Viamão, e de Murilo Vieira dos Santos, de 24 anos, em Bagé. Em ambos os casos, as vítimas foram a óbito após encostarem em fios soltos energizados.
De acordo com o deputado, essa negligência só demonstra a falta de compromisso da Equatorial na prestação do serviço de energia elétrica no Rio Grande do Sul. Adão Pretto Filho lembrou que moradores de Pedras Altas, na região Sul, estão há 27 dias sem luz, algo nunca ocorrido na história recente do estado. O parlamentar ainda citou os casos de três trabalhadores que morreram prestando serviço para a Equatorial. Para Adão, a necessidade de lucro máximo por parte da Equatorial faz a empresa terceirizar serviços pelo menor valor possível, contratando pessoas despreparadas para funções perigosas, como o manuseio de redes de alta tensão. “Até quando vidas serão ceifadas por esta empresa?”, questiona Adão.
O deputado ainda reiterou a necessidade da instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para que sejam chamados os diretores da Equatorial e esclarecer as razões de os serviços prestados serem tão precários. “É fundamental que essa Casa parlamentar cumpra com sua função e instaure uma CPI. Temos 55 deputados e precisamos de 19 assinaturas para abrir essa CPI. Hoje temos 18 assinaturas”, concluiu Adão Pretto Filho.
Texto: Guilherme Zanini
Foto: Debora Beina