sexta-feira, 22 novembro


As análises técnicas realizadas por órgãos independentes apontam para algo que a bancada do PT na Assembleia Legislativa vem afirmando há alguns anos: o equilíbrio das contas alardeado pelo governador Eduardo Leite não passa de uma boa e bem executada estratégia de marketing. Segundo o Ranking de Competitividade dos Estados, elaborado pelo Centro de Liderança Pública, o Rio Grande do Sul caiu para a última posição no índice de solidez fiscal entre todos os estados da federação.
“Não é que o RS esteja mal. Estamos na pior posição entre os 27 estados. Em seis anos, o Governo Leite vendeu praticamente toda a poupança do povo gaúcho, todas as estatais, não pagaram a dívida durante todo o primeiro mandato, aumentaram impostos e destruíram o serviço público. Com tudo isso, estamos na última posição no indicador de solidez fiscal da federação. Portanto, é um fracasso absolutamente claro. E o governador continua querendo aplicar o mesmo remédio que não deu certo nos últimos anos”, ressalta o deputado Miguel Rossetto (PT).
A bancada do PT tem insistido que o governo estadual precisa retomar uma agenda de desenvolvimento para dinamizar a economia. A estratégia deu certo nos Governos Olívio e Tarso, quando o Rio Grande do Sul cresceu acima da média nacional. Entre 1999 e 2002 (Governo Olívio) o Brasil cresceu 9,6% e o RS 9,8%. Entre 2011 e 2014 (Governo Tarso) o Brasil cresceu 9,7% enquanto o RS cresceu 10,8%.
Conforme a Secretaria do Tesouro Nacional, com base nos dados dos Relatórios Resumidos de Execução Orçamentária (RREO), o Rio Grande do Sul está entre os estados com a menor capacidade de investimento. Na última sexta-feira (15), em visita ao estado, o presidente Lula garantiu que o Ministério da Fazenda, através do ministro Fernando Haddad, está elaborando uma proposta de renegociação das dívidas dos estados com a União. A medida é essencial para que o RS recupere as condições mínimas de aplicar políticas públicas de indução do crescimento econômico e social depois do fracassado Regime de Recuperação Fiscal assinado por Eduardo Leite ainda no Governo Bolsonaro.

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