sexta-feira, 22 novembro

 

PORTO ALEGRE, RS, 28/02/2024: Comissão de Saúde e Meio Ambiente, presidida pelo Deputado Neri, o Carteiro (PSDB), realizada na manhã desta quarta-feira. Foto: Lucas Kloss / ALRS

A crise no IPE Saúde chegou também ao Hospital da Brigada Militar, que está com um déficit de 60% no quadro de profissionais. Diante dessas dificuldades, o deputado Valdeci Oliveira utilizou o espaço dos Assuntos Gerais da reunião da Comissão de Saúde para fazer um apelo para que o governo do estado encaminhe projeto de lei ampliando o tempo do Programa Militar de Saúde Temporário de quatro para oito anos de duração.

Conforme o parlamentar, os profissionais que dão retaguarda para a sociedade especialmente os que procuram atendimento pelo IPE Saúde são contratados temporariamente por dois anos, com a possibilidade de prorrogarem por mais dois anos, o que seria um tempo muito exíguo. “Sabemos toda a situação que o IPE (Saúde) está vivendo e há uma demanda de hospitais se descredenciando do IPE. Há uma referência em várias áreas que hoje não tem atendimento pelo IPE e que pela Lei, estes profissionais que aqui estão, estão quase concluindo o seu tempo se se manter essa redação da Lei, por isso a nossa reivindicação é para que os profissionais da saúde possam ficar até oito anos”, defendeu.

Valdeci disse que é absolutamente urgente que o governo do estado encaminhe para a Assembleia Legislativa proposta para que o programa militar de saúde temporário tenha as mesmas regras que o programa de militares estaduais temporários. “Não resolve totalmente a situação, mas pelo menos teríamos pelo menos mais quatro, cinco anos para tentar de uma forma definitiva resolver a situação do pessoal da área da saúde dos hospitais militares”, argumentou.

O coronel Regis Reche, que é chefe do Departamento de Saúde da Brigada Militar, observou que a Brigada Militar é a única polícia no Brasil que oferece o serviço de militar temporário na área da Saúde. Os dois Hospitais da Brigada Militar são 100% IPE Saúde. “Sabemos da crise que o IPE Saúde está enfrentando, mas somos parceiros. E os militares temporários estamos buscando que essa lei possa ser englobada na lei do militar temporário que amplia para oito anos”, disse. O oficial defendeu também a necessidade de um quadro de nível médico, com técnicos em saúde, a ampliação de recursos humanos para atender as demandas dos hospitais, que está com um déficit de 60%. O programa previa 240 profissionais de nível superior (tenentes) e 250 de nível médio (soldados), mas atualmente os hospitais contam com apenas 22 oficiais e 45 soldados.

 

Texto: Claiton Stumpf – MTb 9747

 

Compartilhe