quinta-feira, 21 novembro

 

A completa ausência de uma agenda de desenvolvimento, aliado a uma baixa execução de investimentos públicos e a incapacidade do estado reagir adequadamente aos efeitos da mudança climática, fizeram com que o Rio Grande do Sul registrasse o terceiro pior resultado da economia brasileira em 2023.

O desempenho da economia gaúcha, que já vinha abaixo da média nacional, fechou 2023, como o pior do Brasil. Conforme o Índice de Atividade Econômica Regional do Rio Grande do Sul (IBCRRS), calculado pelo Banco Central, nosso Estado cresceu apenas 2,1% em 2023, contra 2,4% na média nacional. No ano anterior, em 2022, havia apontado queda de 1,2% contra um avanço de 2,8% do país. A produção industrial caiu 4,7% no ano passado, conforme os indicadores setoriais calculados pelo IBGE. 

O governo de Eduardo Leite, entrando em seu sexto ano, até o momento não apresentou uma política de desenvolvimento econômico para o Rio Grande do Sul e se limita a lançar mão de venda de patrimônio e aumento de impostos. Soluções de curtíssimo prazo, que a própria secretária da Fazenda, Pricilla Santana, reconhece como insuficientes. 

Para o líder da Bancada do PT na Assembleia, deputado Luiz Fernando Mainardi, já está comprovado que o aumento do ICMS, sem uma política de desenvolvimento, não resolve a crise das finanças do estado. “No Governo Sartori e em boa parte do Governo Leite a alíquota básica do ICMS está elevada e não saímos da crise. O Governo Leite vendeu as estatais e o Rio Grande do Sul não superou a crise”.

Nos governos Olívio e Tarso, a política de aumentar a arrecadação, sem aumentar imposto, através de políticas públicas capazes de gerar desenvolvimento e aquecer a economia, foi aplicada com bons resultados, fazendo o Rio Grande do Sul crescer acima da média nacional. 

“No Paraná e Santa Catarina há agências de desenvolvimento e as entidades empresariais e centrais sindicais estabelecem uma mesa de negociação que permite o aumento anual do piso regional, com ganho real. São alguns dos motivos que fizeram que SC e PR crescessem mais que o RS”, acrescentou o líder do PT. Conforme o IBGE, entre 2003 e 2021 o PIB do RS cresceu 36% no acumulado dos anos. Já o Paraná cresceu 46% e Santa Catarina 59%.

Para o deputado Pepe Vargas, sem um plano de desenvolvimento e fortalecimento da economia, não surpreende  que o PIB Gaúcho vem acumulando perdas e apresentando um desempenho abaixo da média nacional. O parlamentar reconhece que as estiagens prejudicaram o desempenho da economia gaúcha. No entanto, o mesmo problema foi registrado nos governos anteriores, inclusive no Governo Tarso, período em que o Rio Grande do Sul mais cresceu. “Leite tem dupla responsabilidade, seja por não ter ações relevantes para mitigar os efeitos das estiagens seja por não ter uma visão estratégica para o apoio às forças produtivas gaúchas. O Governo Leite, a exemplo do Governo Sartori, não tem projeto para dinamizar a economia e fomentar os setores produtivos.”

 

Texto: Assessoria de Comunicação da Bancada do PT
Foto: Debora Beina

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