Observatório da Educação confirma problemas estruturais na rede pública do RS

 

A terceira edição do Observatório da Educação Pública do RS, publicação produzida pela Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia, presidida pela deputada Sofia Cavedon, foi apresentada, preliminarmente, nesta terça-feira (06/02). O material reúne diversos dados comparativos do setor, desde número de matrículas na rede pública, disponibilidade de professores e funcionários, número de escolas nas cidades e no meio rural, além do desempenho do RS no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), entre outros. O material também inclui o monitoramento das obras escolares, iniciadas em 2023 pelo Governo Leite. Os números utilizados têm como base a execução orçamentária do Governo do Estado.

Entre os dados que mais se destacam, está o gráfico que aponta o fechamento de 227 escolas públicas nos últimos 11 anos no Rio Grande do Sul. São mais de 20 estruturas de ensino que encerraram as atividades a cada ano. Mais de 80% dessas escolas foram desativadas nos governos Sartori e Leite. O documento mostra ainda que entre 2006 e 2022, o RS perdeu 42.854 professores concursados na rede pública gaúcha. O reflexo aparece nos resultados do Ideb. Em 10 anos, de 2011 a 2021, o RS nunca atingiu a meta nacional e o Estado está em 7° lugar.

Para a deputada Sofia, a publicação integra um esforço da Comissão de Educação, principalmente para subsidiar os debates sobre a Educação no Estado. A parlamentar lembrou ainda que a Conferência Nacional de Educação, aprovou resolução pelo fim da reforma do Ensino Médio, o que deve movimentar o setor durante 2024. “Não dá para planejar a Educação sem evidências, com impressionismos, com opiniões, nós temos que olhar as evidências, quais são os números, como estão os insumos, para os resultados acontecerem.”

Sobre as obras em escolas, anunciadas pelo menos três vezes no último ano, pelo governador Eduardo Leite, das 334 escolas monitoradas pela Comissão de Educação, com 940 demandas, 89,5% sequer tiveram o trabalho iniciado em 2023. Apenas 5,1% foram concluídas e 5,4% foram iniciadas.

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Texto: Adriano Marcello Santos
Foto: Debora Beina