Este ano chega ao fim marcado por recordes nas temperaturas globais e nas emissões de gases com efeito de estufa. No Rio Grande do Sul, os desafios impostos pelo clima durante o ano causaram mortes e uma onda de destruição em pelo menos 130 cidades. O estado foi palco, desde julho, de grandes problemas climáticos.
Por viver umas das situações mais críticas da história, o natural é que o Governo tivesse já implantado medidas eficientes de enfrentamento a estas ações. Mas esta, não é a realidade.
Participando da COP 28, o deputado Pepe Vargas afirma que o Rio Grande do Sul está atrasado na implantação de medidas para o enfrentamento de mudanças climáticas. Segundo ele, os exemplos apresentados na conferência mostram que outros estados brasileiros e de outros Países estão adiantados nesta questão. “Nos até temos uma lei votada em 2010 pela Assembleia, mas não foi regulamentada, não temos um plano estadual sobre mudanças climáticas, sequer temos um inventário sobre os gases de efeito estufa para tomar medidas de mitigação”, conta.
Pepe destaca que o momento é de propor um ciclo de debates que envolva governo do estado, prefeituras, universidades, entidades não governamentais e o setor privado,“ Precisamos discutir que elementos são importantes para termos ações que reduzam os danos frente as mudanças climáticas. E só depois disso podemos pensar, quem sabe, em um projeto de lei, ou mesmo apresentar sugestões e recomendações a prefeituras, governo do estado, setor privado e ao conjunto da sociedade. Acho que esta é uma questão urgente. ”
O deputado ressalta ainda a importância de capacitar servidores públicos que estejam atentos e conheçam este debate, inclusive dos fundos de financiamento para as mudanças climáticas. “O estado precisa ficar mais atento a este debate que certamente vai dominar o próximo ano,” finaliza Pepe.
Texto: Vania Lain (MTE 9902)