O governador Eduardo Leite vem acumulando ações que comprovam a tese de que a única coisa que funciona no seu governo é a estratégia de marketing. Nos recorrentes episódios de cheias no Rio Grande do Sul, Leite costuma vestir o seu colete laranja da Defesa Civil e gravar vídeos falando das preocupações e das necessidades do estado diante dos efeitos das mudanças climáticas. Porém, no orçamento de 2024, aprovado na terça-feira (21/11), estão previstos apenas R$ 50 mil para o aparelhamento da Defesa Civil. E não estamos falando de um valor mensal. Os R$ 50 mil é o recurso para o ano inteiro para compra de equipamentos, programas de monitoramento e outros investimentos.
Se não bastasse a precariedade no orçamento, tem outra iniciativa do governador que não passou de uma estratégia de marketing. Anunciado há 48 dias, o Gabinete de Crise Climática do Governo do Estado não saiu do papel. Previsto para reunir 19 órgãos da administração estadual, o Gabinete de Crise Climática não tem ainda a nomeação dos seus integrantes.
Durante a votação do orçamento, o deputado Adão Pretto Filho (PT) manifestou a preocupação com as omissões do Governo no combate aos efeitos das mudanças climáticas. “O orçamento do Governo Leite no enfrentamento aos desastres ambientais é um desrespeito ao povo gaúcho. Infelizmente, temos um governador que não adota medidas que atendam as demandas do Rio Grande do Sul. É um governo descolado da realidade da população gaúcha”.
Após ser pressionado pela imprensa pela não criação do Gabinete de Crise, o governo anunciou que a primeira reunião do grupo deve acontecer em dezembro.
Texto: Assessoria de Comunicação da Bancada do PT
Foto: Maiquel Moura/ Defesa Civil RS