terça-feira, 26 novembro

 

 

Diretor pede agilidade nos processos de reposição de pessoal

Ao participar da reunião da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa, realizada na manhã desta terça-feira (17), o diretor-executivo da Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha, Ramon Hans, solicitou a intermediação do colegiado em busca de celeridade nos processos de reposição de pessoal junto ao governo do Estado. O encontro foi conduzido pela presidente do colegiado, deputada Sofia Cavedon (PT).

O diretor explicou que a Instituição tem encontrado dificuldade em renovar e aumentar o seu corpo funcional que atende cerca de 2.700 alunos, com quatro cursos médios integrados e oito cursos pós técnicos. A Fundação Liberato Salzano conta, atualmente, com 287 servidores, sendo 70 administrativos e 75 estagiários. A folha de pagamento, que totaliza 1,8 milhão de reais, é paga pelo Estado, enquanto que as mensalidades pagas pelos alunos sustentam toda a manutenção da Escola.

Ramon Hans revelou que o último concurso público para servidores na Fundação foi realizado  em 2014, preenchendo 18 das 31 vagas necessárias. Ele afirmou que há um pedido de novo concurso, que está para avaliação do Grupo de Assessoramento Especial (GAE) da Secretaria da Fazenda. Conforme o diretor-executivo, a esta questão somam-se os pedidos de aposentadoria ou afastamento. “Estamos aguardando manifestação da Secretaria de Educação (Seduc) a respeito dos Pedidos de Demissão Incentivada (PDI), conforme orientação do próprio governo do Estado”, lamentou.

Ainda segundo Hans, se os novos servidores forem contratados por concursos e o PDI efetivado, a folha de pagamento da Instituição diminui em cerca de 1 milhão de reais. “Porque não avançar, então? já que estes processos trariam economia para o Estado”, indagou. Por último, o diretor reclamou do excesso de burocracia estatal que restringe a autonomia financeira da Fundação.

Por sua vez, o representante da Associação dos Docentes e do Sindicato dos Professores do Ensino Privado (Sinpro/RS), Daniel Sebastiani, protestou contra o descompasso salarial dos professores da Fundação. “Hoje tivemos uma defasagem de cerca de 25% dos nossos salários”, queixou-se. Em razão disso, Sebastiani afirmou que a categoria pode fazer uma paralisação na próxima semana.

Após ouvir também o diretor de ensino da Fundação, Marcelo Boeira, sobre os cursos ofertados pela escola, a deputada Sofia Cavedon entrou em contato com o chefe da Casa Civil do governo do Estado, Artur Lemos, para agendar uma reunião para destravar os processos de reposição de pessoal e solicitar diálogo com os professores em busca de um acordo coletivo.
Mostratec
Antes de falar sobre a reposição de pessoal, o diretor-executivo convidou os parlamentares para visitar a Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec) 2023, realizada pela Fundação, que inicia no próximo dia 23 de outubro. Nesta edição são esperados cerca de 800 projetos de estudantes brasileiros e de 15 outros países.
PoA, 15 de outubro/2023
Foto Joaquim Moura
Matéria da Agência de Notícias da ALRS
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