sexta-feira, 22 novembro

Esperança. Essa foi a palavra que expressou na manhã desta quarta-feira (11) a comunidade escolar da EEEF Euclides da Cunha, no bairro Menino Deus, a deputada Sofia Cavedon, presidente da Comissão de Educação da ALRS, do 39º Núcleo do Cpers/Sindicato e da Associação de Pais e Mães pela Democracia, após visita à escola com a Subsecretaria de Obras da Secretaria Estadual de Obra (SOP) a Diretoria de Obras da Secretaria Estadual de Educação (Seduc).

Conforme informa a deputada Sofia Cavedon, a determinação da 1ª CRE de esvaziar a escola tem outras motivações, pois ficou comprovado no encontro realizado na sede da escola, que não tem justificativa o seu fechamento já que laudo da Secretaria de Obras do Estado aponta a necessidade de interdição apenas no local onde se apresentam as rachaduras, local este que foi devidamente isolado pela direção da escola. “É inaceitável que a medida da 1ª CRE para resolver o problema do muro, seja terminar com esse ambiente propício à educação”, salienta a parlamentar. Ela destaca que o processo está na 1ª CRE desde o dia 13 de setembro. “Quem não encaminhou a proteção das crianças foi a CRE que ainda usa como subterfúgio que as crianças estão em risco para tentar interromper o ano letivo há três meses de terminar”, salienta Sofia.

O arquiteto e Subsecretário de Obras, Vinicius Piccini, anunciou que irá, até o início da próxima semana, colocar os tapumes na área conforme solicita o laudo da SOP/RS. A diretora Fabiana da Silva informou que os orçamentos para os tapumes já foram feitos pela instituição. O Governo do Estado também se comprometeu a dar andamento nos encaminhamentos do encontro, entre eles a notificação ao Governo de Porto Alegre, pois o prédio é do Município, e também ao condomínio vizinho, que ao construir uma piscina ao lado da instituição provocou danos. O 39º Núcleo do Cpers, através da diretora  Neiva Lazzarotto, informou que haverá uma assembleia geral com a comunidade escolar na segunda-feira (16) e, caso os encaminhamentos da reunião não tiverem os resultados aguardados, irá promover a ida até o Palácio Piratini na terça-feira (17) para pressionar o governo por imediata solução.

Sofia lembra que desde 2014 o muro da Euclides da Cunha tem essa rachadura, que está aumentando, pois já deveria ter sido solucionada. “Infelizmente, essa é a realidade de muitas escolas. Esta semana foi denunciado pela Sociedade dos Engenheiros e Arquitetos da Secretaria de Obras Públicas do Estado (SEASOP), que nós temos um único profissional para cada 50 escolas. Então vamos continuar tendo problemas como esse e o Governo do Estado precisa tomar uma atitude, mudar a forma de atender e prover as condições das escolas e essa escola tem plenas condições, por exemplo, de receber tudo integral, precisa realizar e pode ter regime de colaboração com o município, porque tem salas que eram da educação infantil, fechada na escola.

A EEEF Euclides da Cunha, comemorou 84 anos no dia 6 de outubro. Atualmente, a instituição atende 74 estudantes do quinto ao nono ano do ensino fundamental, moradores do bairro Menino Deus, da Vila Cruzeiro e crianças em vulnerabilidade social acolhidas através do Pão dos Pobres.
Texto e Foto: Marta Resing – 5405
Compartilhe