sexta-feira, 22 novembro

 

Diante de 40% das estações hidrometeorológicas, que monitoram a quantidade de chuvas e o nível dos rios, fora de operação no Rio Grande do Sul, foi aprovado nesta quarta-feira (4), na Comissão de Saúde e Meio Ambiente, o requerimento de Audiência Pública a ser realizada em Porto Alegre, em formato híbrido, para debater os desafios da Defesa Civil. “Estamos prestes a votar o orçamento do Estado e creio que é um momento importante para debater o tema, pois o Estado deve prever recursos para ações nesse sentido”, disse o deputado Pepe Vargas, proponente da audiência, que ainda não tem data prevista.
Em um trimestre, foram nove ocorrências de ciclones extratropicais no RS ou em áreas próximas ao estado. A tendência é que fenômenos como os dos últimos meses, que deixaram milhares de desabrigados e ocasionaram dezenas de mortes, levando os municípios à emergência, se repitam com mais frequência. O deputado avalia como urgente a necessidade de discutir um plano de redução de danos, a capacitação de pessoas, previsões mais precisas e, também, de providenciar um trabalho de educação com moradores de áreas de risco.
Conforme nota técnica elaborada pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS, “os avanços tecnológicos e científicos permitem hoje gerar melhores previsões meteorológicas nos centros de previsão do tempo, com capacidade de projetar impactos de mudanças climáticas”. Porém, os avanços e a implementação de sistemas de monitoramento e alerta sofrem com lacunas que precisam ser melhor desenvolvidas, dentro dos protocolos de ação que vão desde a identificação de possíveis eventos extremos de precipitação até o monitoramento de chuva e dos níveis dos rios, para que a população em áreas de risco possa ser alertada.

 

Texto: Silvana Gonçalves – (MTB 9163)

 

Foto: Debora Beina

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