Espigão da Duque – Acervo do Museu Júlio de Castilhos pode ficar comprometido

Espigão da Duque – Acervo do Museu Júlio de Castilhos pode ficar comprometido

Em visita técnica ao Museu Júlio de Castilhos, na manhã da terça-feira, (26/09), a presidenta da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia, deputada Sofia Cavedon, questionou a legalidade do projeto em tramitação na Prefeitura de Porto Alegre, em área contígua ao Museu. A Associação dos Amigos do Museu Júlio de Castilhos é proponente de abaixo assinado contra o chamado “Espigão da Duque”. Segundo Claudio Pires Ferreira, presidente da entidade, o projeto imobiliário pretende edificar um prédio de 41 andares em área de entorno de bem tombado, afrontando vários dispositivos legais, como a Portaria 035/02, da Secretaria da Cultura do RS, que limita a altura de 15 andares ou 45 metros.

O Museu Júlio de Castilhos é o mais antigo museu do Rio Grande do Sul. Está instalado em dois antigos casarões de Porto Alegre, localizados na rua Duque de Caxias 1231 e 1205, no Centro Histórico. O Museu guarda a principal coleção da história gaúcha. Tombado pelo IPHAE/RS, a instituição conta com 11 mil peças – 300 delas tombadas pelo IPHAN.

“Somos contrários à construção de um prédio que gerará sombreamento até o Palácio Piratini, comprometendo um importante aparelho cultural e seu inestimável acervo. Estamos encaminhando Audiência Pública para tratar do tema e queremos uma reunião com o Prefeito para sensibilizá-lo sobre esta obra. O trabalho que está sendo feito no Museu Júlio é importantíssimo”, ressalta Sofia. Vários segmentos da sociedade, como o IAB-RS e o Curso de Museologia e Pós graduação em Patrimônio da UFRGS, são contrários à obra.

 

Texto e foto: Clarissa Pont