sexta-feira, 22 novembro

O deputado  Zé Nunes recebeu os representantes do Instituto Riograndense do Arroz (Irga) para tratar do processo de destruição do Instituto. Em audiência realizada no mês de abril, foi tirada a elaboração de uma Carta Aberta em Defesa do Irga, e que o documento seria encaminhado ao centro do governo. A partir daí, o parlamentar colheu a assinatura de 51 deputados, e em 4 de julho iniciou as solicitações de agenda com a Casa Civil. “Porém, para nossa surpresa, não estamos tendo retorno esperado, nunca podem nos atender, parece que o Irga não tem importância para o governo, nem para o Estado”, lamentou

De acordo com o deputado, o IRGA está se encaminhando para um processo de inviabilidade. “O governo não repassa a totalidade do que é arrecadado, e com isso, o Instituto está perdendo de pesquisadores e funcionários em razão dos baixos salários, o risco de perda de patrimônio genético desenvolvido ao longo da história e a paralisia no desenvolvimento de novas variedades. Estamos perdendo mão- de- obra qualificada, as reposições têm sido insignificantes. Precisamos de pesquisadores e de condições de trabalho para que o IRGA possa seguir cumprindo sua tarefa”, explicou.

O IRGA produz tecnologia na segunda lavoura mais importante do RS, a do arroz. O Rio Grande do Sul é o responsável por cerca de 70% do arroz produzido no Brasil. A produção gaúcha é fundamental para colocar o Brasil entre os maiores produtores mundiais, produzindo metade do grão na América Latina. Em 2022, o arroz foi cultivado em 927,1 mil hectares no Estado, com produção de 7,71 milhões de toneladas. Aqui no Estado, se produz arroz com qualidade e excelente produtividade.

Zé Nunes disse que está aguardando que o Governo Leite seja sensível a esta demanda, afinal, trata-se de um órgão fundamental para o RS.

 

Texto e foto: Marcela Santos

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