segunda-feira, 25 novembro



Quando o governador Eduardo Leite, fará a lição de casa?” O questionamento é da deputada Sofia Cavedon, presidenta da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, que visitou, pela Operação Dever de Casa (Etapa 3), na manhã da quarta-feira (28/06), a Escola Estadual de Ensino Fundamental Tenente Coronel Travassos Alves, uma das instituições de ensino que está no Programa de Obras Escolares do Governo, mas que continua com sua cozinha interditada. Marcar reunião com o Governo do Estado para uma solução, no mínimo emergencial, será solicitada por Sofia.

Localizada na Chácara dos Bombeiros, bairro Partenon, em Porto Alegre, a escola está desde fevereiro  com a cozinha interditada. Mas desde 2020 a cozinha já estava com problemas de telhado e afundamento do piso. “Na época a direção da Travassos orçou a obra que estava em 16 mil reais, mas não obteve autorização da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) para realizá-la”, destaca a deputada.

Sofia informa que verificou no Observatório do Governo onde consta que está em contrato a obra por R$ 47 mil. “Por que  uma engenheira foi na escola nesta segunda-feira (26/06) ver se a obra estava em andamento? Por que a 1ª CRE não tem informação e nem o direto-geral da Seduc, com os quais contactei durante a visita à escola?”, pergunta a deputada.

A  diretora, Sônia Silva Alfaro Dellamora, e a vice-diretora, Giane Rodrigues, relataram que o problema existe desde 2016. “Iniciamos solicitando a reforma no telhado da cozinha, que ocasionou infiltração e alagamento. Em 2020, de tanto alagar o chão começou a ceder, e em fevereiro de 2023 foi interditado o espaço”, revelaram.

Conforme a diretora Sônia , a água atingia até a metade do botijão e o risco de choque elétrico era muito grande. A Travassos Alves já foi vistoriada e fotografada inúmeras vezes pela Secretaria Estadual de Obras (SOP) e pela Seduc, sendo as últimas realizadas no dia 30 de maio, 26 e 27 de junho. Existe pedido de urgência, mas até hoje nada foi feito, reforça a deputada Sofia que já promoveu este ano audiência pública na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, que preside, e articulou reunião com a 1ª CRE, ocorrida em maio, para tratar da situação. Além disso, a direção da escola já participou de inúmeras reuniões com a Seduc e a Coordenadoria.

Sofia informa que não tendo cozinha a escola oferece somente merenda alternativa (frutas, iogurtes, bolos) para os 438 estudantes. A falta de uma refeição digna também afeta a escola que está perdendo alunos devido a situação. Eles migram para outras instituições que oferecem alimentação adequada. Desde o início do ano 70 alunos deixaram a Travassos, afirmou a vice-diretora Giane.

Outros problemas

A Escola Tenente Coronel Travassos Alves também tem falta de recursos humanos, como professor para o 1º ano e para 18h de Educação Física. Não tem quem atenda na biblioteca, mesmo assim a escola promove semanalmente a Parada Literária, que é uma hora dedicada à leitura. Tem Chromebooks e computadores parados, pois a rede elétrica e a da internet são precárias e a verba que recebe não é suficiente para financiar o aumento da conexão.

 

Texto e foto: Marta Resing – MTE 5405

 

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