sexta-feira, 22 novembro

 

O deputado estadual Pepe Vargas defendeu na tribuna da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (27.06) a necessidade da queda da taxa de juros no Brasil e considerou equivocada a política monetária do Banco Central. Com uma inflação de 3,45%, analisada pelo Índice de Preço ao Consumidor (IPCA), segundo Pepe não há justificativa para alta taxa básica de juros em 13,75%. “ É a maior taxa de juros real do mundo”, criticou.
Na análise do parlamentar a manutenção desse índice significa “um boicote à economia do país”. Com uma taxa de juros menor, o país poderá vivenciar um círculo virtuoso de investimentos públicos e privados. Segundo Pepe a taxa Selic precisa ser reduzida para colocar o Brasil no mesmo patamar vivenciado por outros países.
O parlamentar apontou a queda de 2,6% do PIB Gaúcho nos últimos nove anos, indo na contramão do país que teve um aumento 1,9% nos primeiros três meses de 2023 em relação ao trimestre anterior, bem acima das expectativas projetadas. “O Rio Grande do Sul está empobrecendo, está se desindustrializando mais do que o Brasil, essa taxa de juros, aplicada pelo Banco Central, contribuiu ainda mais para esse processo”, lamentou.
Pepe lembrou que nos governos de Olívio Dutra e Tarso Genro, os investimentos em políticas públicas estimularam a economia, resultando no crescimento acima da média nacional. “Quando tivemos governos estaduais que praticaram políticas pública, como o aumento do piso regional, houve o crescimento do poder de compra de uma parcela importante da população”, completou. “Agora nos oito últimos anos em que os governos passaram a praticar essa política econômica neoliberal, que deu errado nos anos 90, o PIB teve queda”, apontou.
Para concluir o deputado alertou que a economia não pode ser avaliada apenas do ponto de vista ideológico e político, é preciso analisar os dados, os fatos. Ele indica comparar a série histórica do crescimento do PIB do Brasil e do Rio Grande do Sul, com as políticas econômicas desenvolvidas pelos governos em cada período. “A verdade é que nos governos do Tarso e do Olívio Dutra o Estado cresceu mais do que a média nacional, diferente do que aconteceu nos governos de inspiração neoliberal. E o mesmo no governo da Dilma e do Lula”, disse.

 

Texto: Silvana Gonçalves MTB 9163

Foto: Joaquim Moura

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