Consultado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), o Governo Leite defendeu a manutenção do sigilo dos documentos referentes ao processo de venda da Corsan. A decisão é uma demonstração de desrespeito ao povo gaúcho e um ataque à transparência.
Há meses, a nossa bancada vem alertando que existem várias questões nebulosas desde que o Governo decidiu privatizar a companhia. Nossa preocupação é compartilhada pelo Ministério Público de Contas, que defendeu aprofundar a análise em relação ao valor da companhia, a suspeita de concessão de informações privilegiadas ao consórcio comprador e sobre a previsão de investimentos da Corsan.
Enquanto não houver clareza em todos as etapas da privatização, a Corsan precisa permanecer pública e prestando o serviço essencial, como faz há mais de 50 anos.
O que está em discussão não é a posição favorável ou contrária às privatizações. O que está em discussão é a defesa do interesse público da nossa população. O interesse público é muito maior que as pretensões políticas do governador e muito maior que os interesses de uma empresa privada que utiliza a água, um bem essencial, como sua fonte de lucro.
Manter à sombra um tema tão relevante é um desrespeito às instituições, em especial à Assembleia Legislativa, e um desrespeito ao povo gaúcho.