Zé Nunes defende uma sociedade sem manicômios e repudia retrocessos na área da saúde mental

 

Nesta quinta-feira (18), Dia Nacional da Luta Antimanicomial, o deputado estadual Zé Nunes (PT), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Reforma Psiquiátrica da Assembleia Legislativa reafirma sua posição em defesa de uma sociedade sem manicômios, e repudia todo tipo de retrocesso na área da saúde mental. “Temos avanços explícitos que a Reforma Psiquiátrica promoveu nos últimos anos, mas o fantasma dos retrocessos ainda assombra o país. O setor de saúde mental é usado como um instrumento de lucratividade no mercado, principalmente para o setor privado de ‘atenção em saúde’ e indústria farmacêutica, que lucram, sistematicamente, com o sofrimento mental”, criticou.

Como símbolo de resistência e reafirmação do compromisso com a Luta Antimanicomial e os 30 anos da Lei gaúcha da Reforma Psiquiátrica, a Frente Parlamentar da Reforma Psiquiátrica, em parceria com o Fórum Gaúcho de Saúde Mental, produziu dois livros com o objetivo de contar as experiências das três décadas de trabalho árduo dos mentaleiros. “São obras construídas pelos os grandes tecelões da rede de atenção psicossocial do nosso Estado. Os livros podem ser acessados na íntegra e estão disponíveis na biblioteca virtual do portal da Assembleia”, explicou o parlamentar.

Zé Nunes garante que seguirá na luta em defesa de uma sociedade sem manicômios, e com respeito à autonomia dos sujeitos. “Essa luta não é só dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde mental, ela é de toda a sociedade. Estaremos ativos e vigilantes”, finalizou.

Quando prefeito de São Lourenço, liderou políticas públicas para esta área. Na época, ampliou e qualificou os CAPS, e estimulou a estruturação da rede para o cuidado das pessoas em sofrimento desde as Unidades Básicas de Saúde até a Internação Hospitalar. Além disso, criou o Mental Tchê, o maior evento de Saúde Mental do Brasil que, na época, reunia usuários, familiares, profissionais, estudantes, residentes e simpatizantes da Luta Antimanicomial.

 

Texto: Marcela Santos (MTE 11679)