Foto: Joaquim Moura
A deputada Sofia Cavedon observou que a Assembleia tem feito esforços para tratar do tema do IPE Saúde, ao passo em que o governador trabalha para penalizar os servidores, especialmente os aposentados. A análise foi feita na sessão plenária da Assembleia Legislativa desta terça-feira (18). Para a parlamentar, não foi surpresa que o governo tenha apresentado um projeto para recuperação do IPE em que mais uma vez quem vai pagar a conta são os servidores e servidoras.
Segundo Sofia, quem não faz avaliação correta da conjuntura, traz medidas erradas. “O governador mesmo reconhece que o déficit do IPE estaria resolvido por reajuste salarial de 32%, ao passo que a inflação no período dos dois governos de Leite foi de 61%. A maioria dos servidores só teve 6% de recomposição salarial”, ponderou Sofia.
Para a deputada, essa é uma confissão de culpa do governador e ele deveria considerar que para ser perdoado, precisa corrigir ao invés de penalizar ainda mais os servidores de quem retirou salário real. “Vai penalizar principalmente os mais idosos, pois ele quer cobrar R$ 500 por dependente idoso e quem tem dependente idoso é cônjuge que está na aposentadoria ou por se aposentar e o que Eduardo Leite fez com os aposentados e aposentadas deste estado não só recuperou a inflação como aumentou o desconto previdenciário”, disse. Com a reforma previdenciária, os aposentados passaram a contribuir a partir de dois salários mínimos.
Sofia lembrou também que no último reajuste, 28 mil servidores receberam zero de reajuste, devido à absorção da tabela de redutibilidade. “O jovem governador Eduardo Leite massacra seus servidores idosos e não só reduziu os salários dos aposentados como agora o IPE diz que esses idosos vão pagar mais para os seus cônjuges. Então o modelo do governador penaliza de cabo a rabo nossos servidores que já são penalizados por todas as retiradas de direitos”, sentencia Sofia. Pela proposta do governador, quem ganha 20 mil, ele vai reduzir a alíquota de contribuição de R$ 620 para R$ 304. “Cobrar menos de quem ganha mais é o fim do mundo e o fim da possibilidade de uma previdência solidária”.
Texto: Claiton Stumpf – MTb 9747