sexta-feira, 29 novembro

Foto: Celso Bender

Reitores dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, sediados no Rio Grande do Sul (RS), ao participarem 6ª Escuta Temática da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa, realizada na manhã desta terça (4), defenderam a recomposição orçamentária das autarquias para continuidade na oferta de educação profissional e tecnológica nas diferentes modalidades de ensino. A manifestação ocorreu no período de assuntos gerais. A reunião foi conduzida pela deputada Sofia Cavedon (PT), presidente do Colegiado que propôs que a Comissão reúna-se com o governo estadual e com o governo federal apresentando as reivindicações dos reitores e na defesa do ensino médio integrado, praticado pelos IFs.

No RS há 42 unidades de Institutos Federais de Educação, formando e qualificando cidadãos com vistas à atuação nos diversos setores da economia, com ênfase no desenvolvimento socioeconômico local, regional e nacional. Eles exercem papel fundamental na formação de professores e na interiorização da educação.

Júlio Heck, reitor do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (IFRS), admitiu que nos últimos anos os IFs passaram por momentos complicados. Conforme ele, o atual orçamento da instituição que comanda é 12% menor que no ano passado. Heck disse também que é necessário a complementação do número de professores e técnicos. O reitor solicitou, ainda, o apoio da Assembleia Legislativa para o fortalecimento das parcerias do governo do Estado, melhorias nas estruturas dos novos campi e para expansão de novas unidades.

O IFRS acolhe 22 mil alunos em 17 campi, distribuídos em 16 municípios. Com mais de mil professores e mil técnicos, o Instituto tem 263 cursos e oferta, neste ano, mais de 5,7 mil vagas. Através do ensino à distância, o IFRS chega a mais de 2 milhões de estudantes.

Também o reitor do do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul), Flávio Nunes, chamou a atenção para a defasagem orçamentária e falta de recursos para infraestrutura dos campi recém inaugurados. Ele falou também da educação inclusiva, prestada pelos institutos federais. Flávio disse que não há no mundo instituições que trabalhem com a inclusão, verticalização e módulos, como os institutos federais. Flávio disse que o modelo apresenta amplo sucesso, em parcerias com as comunidades locais e em contribuir com o desenvolvimento regional. Ele se posicionou contra a recente reforma do ensino médio e defendeu o ensino integrado, como o ofertado pelos IFs, em substituição a reforma. “Por que não olhar para o que deu certo e que funciona?”, questionou.

Por sua vez, Carlos Lehn, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Farroupilha (IFFar), manifestou seu descontentamento com o ciclo de defasagem orçamentária: no seu caso, perdas de mais de R$ 30 milhões em verbas de custeio. Lehn demandou, pelo menos, a reposição inflacionária do período. Ele solicitou, ainda, o apoio da Assembleia com problemas de transporte para os estudantes.

 

Texto: Marta Resing – MTE 5405

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