sexta-feira, 22 novembro

Com o programa Assistir do governo do estado, instituições perdem recursos e anunciam redução nos atendimentos pelo SUS

Nesta quarta-feira, 29/03, a Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa aprovou, por unanimidade, o pedido de audiência pública feito pelo deputado estadual Miguel Rossetto (PT) para debater os impactos do programa Assistir nos hospitais da Região Metropolitana.

Na audiência pública, ainda sem data marcada, está prevista a presença da secretária de saúde do RS, Arita Bergmann, além de prefeitos, conselhos municipais, estadual e nacional de Saúde, secretários de Saúdes dos municípios e dirigentes dos hospitais.

Rossetto mostrou-se preocupado com o impacto do programa Assistir na saúde da população da região, uma vez que o programa prevê redução gradativa dos investimentos nos hospitais que atendem pelo SUS. Já há previsão de cortes para 2023.

“A situação é crítica”, declarou. “A redução dos recursos pelo governo do estado significa falta de atendimento, sofrimento e dor para muita gente”, lamentou.

Um exemplo, relatou Rossetto, é o caso do Hospital de Montenegro que atende 100% SUS, mas já anunciou que pode reduzir o número de vagas do SUS para 60%. O programa Assistir cortou 80% dos recursos do hospital. Em Canoas, o Hospital Universitário vai perder mais de 75% das verbas. Hoje, o hospital recebe R$ 57,65 milhões e vai passar a receber apenas R$ 13,87 milhões.

“Tenho viajado muito pela região onde vivem mais de 5 milhões de pessoas e os hospitais são referência. Os prefeitos estão muito assustados e preocupados com a redução de recursos”, disse. “Queremos que o governo Leite nos apresente como pretende compensar esse impacto na saúde da região”, declarou. “O governo Leite precisa ampliar o atendimento do SUS e não reduzir. Tem que ampliar os recursos e não reduzir os recursos para a rede de hospitais”.

Texto: Manoela Frade

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