Sofia Cavedon quer novo concurso em 2023 para contemplar os mais de 25 mil contratos temporários no Estado

Foto Divulgação MPC

Que seja expedida medida determinando ao Governo Estadual que edite, ainda no primeiro semestre de 2023, novo concurso público, com a previsão de vagas e disciplinas equivalentes aos contratos emergenciais aprovados na Assembleia Legislativa do RS (ALRS), e que seja requerida uma Inspeção Especial na Pasta da Educação, posto que os temas sob sua responsabilidade legal têm sido negligenciados de modo recorrente, como a falta de um adequado concurso público na Rede Estadual de Educação. A solicitação foi entregue nesta terça-feira (21) à Procuradora-Geral Substituta do Ministério Público de Contas (MPC), Daniela Toniazzo, pela deputada estadual Sofia Cavedon (PT), presidenta da Comissão de Educação da AL/RS.

Acompanhada da professora Carmem de Moura, da História, e do professor Vicente Molina, da Educação Física, duas das diversas áreas de humanas que ficaram fora do concurso de 1500 vagas, a deputada Sofia destaca  quatro razões que mostram que o Concurso é insuficiente para a Educação do RS e que constam da representação ao MPC.

Razões

Carência de RH | Quem está no chão da escola está cansado de saber, faltam profissionais por todo o RS! Somente 1500 vagas correspondem efetivamente a um simulacro de atendimento à legislação e às recomendações dos órgãos de controle.

Contradiz a Legislação do Governo | Leite reitera o descumprimento de suas próprias leis como a que prorrogou os contratos temporários Lei 15579/20, que diz que para suprir necessidades de professores,  especialistas e servidores na Rede Pública Estadual de Ensino, a partir de 2021, o poder executivo realizará Concurso, após estudo de viabilidade.

Precariza os contratos temporários | Eram 70.958 efetivos no final de 2014 e hoje são apenas 38.657, representando uma redução de 54%. Como não supor que o interesse do gestor seja exatamente a impugnação ou inviabilização do edital, a fim de revogá-lo e renovar a compra/contratação de mão de obra temporária, precarizando a relação de trabalho.

Exclui campos importantes do conhecimento | O edital em questão sequer contempla vagas para as disciplinas de história, filosofia, sociologia, artes, educação física, pedagogia anos iniciais, que continuaram a serem preenchidas por profissionais com contratos precários. Lamentavelmente, o edital também não contempla vagas para agentes educacionais.

Conclusão: Que o Governo edite, ainda no primeiro semestre de 2023, novo certame de concurso público, com a previsão de vagas e disciplinas equivalentes aos contratos emergenciais aprovados na ALRS, em especial a Lei 15.579 de 30 de dezembro de 2020.

Texto: Marta Resing (MTE 5405)