Em comparação com o último ano do Governo Tarso Genro, o orçamento estadual de políticas públicas para as mulheres teve uma redução de cerca de 90% nos últimos anos. A consequência disso é que o Rio Grande do Sul está entre os cinco estados com o maior número de feminicídios. Outra situação preocupante é na área de saúde pública. Quase duas mil adolescentes gaúchas viraram mães desde 2019.
Esses foram alguns dos temas abordados pelos movimentos feministas que participaram de uma reunião com o governador Eduardo Leite, no Palácio Piratini, nesta quinta-feira (9). O encontro era para ter ocorrido no dia 8, Dia Internacional das Mulheres, porém, Leite não recebeu as mulheres alegando atraso em outras agendas.
As deputadas Sofia Cavedon e Laura Sito do PT e a deputada Bruna Rodrigues do PCdoB participaram da reunião. A deputada Stela Farias, em função de compromissos previamente agendados, enviou uma representante para acompanhar a reunião.
A principal reivindicação é a recriação da Secretaria de Políticas para as Mulheres, extinta em 2015 pelo Governo Sartori. “O 8 de março de 2023 é um marco da retomada de políticas públicas para as mulheres com as ações anunciadas pelo presidente Lula. A partir de agora, teremos recursos da União. O Rio Grande do Sul precisa voltar a investir”, disse a deputada Laura Sito ao cobrar ações do governador.
Já Sofia Cavedon, ressaltou a importância da recriação da pasta para garantir a transversalidade das ações voltadas às mulheres. “A Secretaria de Políticas para as Mulheres preciso ter orçamento e respaldo para atuar em programas e projetos efetivos”.
Eduardo Leite reconheceu que o trabalho realizado por Sofia Cavedon na área da Educação tem sido utilizado como subsídio pelo Governo do Estado. O governador disse que vai estudar a possibilidade de criar a Secretaria de Políticas para as Mulheres, mas não deu prazo para responder o conjunto de reivindicações.
Fonte: Comunicação Bancada do PT na AL