A Educação é prioridade do Governo Leite apenas na estratégia de marketing. Na vida real, o que o Rio Grande do Sul observa é um grande número de escolas sem banheiro, sem refeitório funcionando, sem bibliotecas e sem laboratórios. Também já são conhecidos os problemas estruturais na execução de obras de reforma e restauração dos prédios que recebem os alunos.
Nos últimos dias, ganhou evidência o processo de desvalorização dos professores e de funcionários de escola. A proposta de reajuste do executivo estadual é de apenas 9,5%, enquanto a reivindicação da categoria é de 14,95%. Conforme nota distribuída pelo CPERS Sindicato, com base em um levantamento do DIEESE, Educadores da ativa e aposentados já perderam mais da metade do seu poder aquisitivo nos últimos 8 anos.
Nesta terça-feira (07), a bancada do PT na Assembleia Legislativa utilizou a sessão plenária para mostrar a ausência de compromisso do Governo Leite com a Educação. O deputado Luiz Fernando Mainardi, líder da bancada, lembrou que a cesta básica nos últimos oitos anos, por exemplo, subiu o equivalente a 121%, diminuindo cada vez mais o poder de compra. “Nos governos Sartori e Leite os professores e professoras estão tendo prejuízo. E o novo projeto não foge disso, ele mostra que Leite não tem compromisso com a Educação.”.
Para Miguel Rossetto, os compromissos do Governo Leite com a Educação precisam ser reais. “Os compromissos de Leite com a Educação precisam ser verdadeiros, com uma real valorização dos professores e funcionários e com a recuperação das escolas”.
O deputado Adão Pretto Filho pediu o compromisso de todas as bancadas com o aumento do percentual oferecido pelo Governo: “quem cuida do futuro das crianças são os professores. O governador Leite é filho de professora. Que ele respeite essa categoria tão nobre. Nossa bancada está ao lado das professoras e professores pelo aumento de 14,5%.”.
Já o deputado Leonel Radde lembrou que os Governos Olívio e Tarso proporcionaram aumentos reais. “Nos últimos 20 anos, apenas os Governos Olívio e Tarso reajustaram o salário dos professores acima da inflação. Na gestão Olívio o aumento foi de 43%. Na gestão do Tarso foram 76%. O que temos agora é descaso e humilhação”.
“Pensei que o Leite fosse se redimir do estrago que promoveu na educação. Mas o governador não tem palavra. O novo projeto é vergonhoso”, afirmou o deputado Zé Nunes.
A presidente da Comissão de Educação, Sofia Cavedon, disse que o que o Governo Leite propõe não tem precedentes. “O Governo Leite subtrai carreiras e perspectivas de vida, mentindo que paga o piso e deixando de fora funcionários de escola. Um arrocho salarial sem precedentes”.
Fonte: Bancada do PT