Movimento em defesa do IE vai ao MP de Contas

Dossiê da Educação do RS também foi entregue

Foto Denis Soares

Em novo movimento, a deputada estadual Sofia Cavedon, presidenta da Frente Parlamentar em defesa do Instituto de Educação General Flores da Cunha, entregou nesta quarta-feira, 15, ao Ministério Público de Contas (MPC) requerimento solicitando análise profunda do órgão sobre os documentos entregues referentes à reforma do Instituto em Porto Alegre.

Recebida pela procuradora-geral substituta, Dra. Daniela Wendt Toniazzo, Sofia, junto com a presidenta da Comissão de Restauro do IE, Maria da Graça Morales e o vice-presidente do CPERS, Edson Garcia, reiteraram de que o IE deve permanecer 100% escola pública, sem alterações no projeto original licitado e executado, que prevê áreas de tecnologia, ciência, esportes, cultura, inclusão, acessibilidade, segurança, climatização, e, principalmente, as vagas previstas.

A presidente da Comissão do Restauro, Maria da Graça Morales, lembra de que o novo desenho da escola é diferente daquele projetado pelo Estado em 2014, cujo estudo e demais ações foram realizadas a um custo na ordem de R$ 600 mil, fruto de debate e participação da comunidade escolar, secretarias estaduais e órgãos do patrimônio na sua elaboração, desviando o que determina a legislação sobre a gestão democrática.

A deputada Sofia alertou novamente que com a retomada das obras o atual governo, que havia manifestado a intenção de ceder ou dividir o prédio do IE restaurado e reformado com a instalação de um Centro de Referência em Educação, que nada mais é do que a cessão à iniciativa privada, ao arrepio da legislação, resolveu instalar o nominado Museu de Educação para o Amanhã. “Nos documentos anexados fica evidente a finalidade de desvio do projeto e de ilegalidades nos atos administrativos do governador”, ressalta a parlamentar.

Dossiê Educação 

No encontro a deputada Sofia Cavedon entregou à Procuradora o dossiê de balanço da Operação Dever de Casa, que apresenta a realidade de precariedade física das escolas, com obras inacabadas e outras nem começadas, bibliotecas fechadas, o transporte escolar em estado precário, a situação das contratações terceirizadas nas áreas de limpeza e cozinha nas escolas, e o grave problema dos baixos salários na carreira do magistério. O dossiê já foi entregue a vários órgãos do governo estadual, como Casa Civil, Secretaria de Obras e de Educação.

Texto: Marta Resing (MTE 5405)