Quase dois anos após assumir a distribuição de energia em 72 municípios gaúchos onde a CEEE atuava, o Grupo Equatorial Energia demonstrou incapacidade de atender as demandas das populações da Grande Porto Alegre e das regiões Sul, Campanha e Litoral. Qualquer chuva um pouco mais forte acarreta a queda de energia em milhares de pontos. Além da demora no trabalho de reestabelecimento do serviço, a CEEE Equatorial também piorou a forma de comunicação com os consumidores, já que não apresenta uma previsão de retomada da normalidade.
Na sessão plenária desta quarta-feira (15) na Assembleia Legislativa, o deputado Leonel Radde (PT) cobrou do governo estadual um posicionamento sobre o tema. “O governador Eduardo Leite foi o responsável pela privatização da CEEE. Hoje nós temos a CEEE Equatorial que deixa as cidades de Porto Alegre, da região metropolitana e das demais regiões onde ela atua às escuras. Vivemos um verdadeiro apagão”.
Mesmo após a venda da companhia, é papel do governado estadual fiscalizar o serviço da empresa e o atendimento à população, inclusive cobrando melhorias. O que não tem sido feito pelo governador Eduardo Leite.
Radde comparou a postura de Leite na questão do fornecimento de energia com a forma dele agir diante da estiagem, por exemplo. “É extremamente relevante que a gente esteja na oposição ao Governo Leite frente ao que ele representa para o serviço público e para a população que mais precisa. Enquanto temos mais uma seca no estado, ele retirou mais de 30% dos recursos destinados para o combate às estiagens. É uma completa ausência de ações”.
Por fim, o deputado ressaltou que as gaúchas e gaúchos precisam estar atentos ao processo de privatização da Corsan, que, conforme Radde, está eivado de questões obscuras que precisam ser analisadas. Um requerimento pedindo a instalação da CPI da Corsan já está aberto para assinaturas dos deputados. Para a abertura da comissão são necessárias 19 assinaturas.
Fonte: Bancada PT Sul