O advogado Jeferson Fernandes conquistou seu quarto mandato no parlamento gaúcho com 60.280 votos. Foi o quarto mais votado da bancada do PT e fez votos em 412 municípios. Seu melhor desempenho, no entanto, ocorreu nas urnas de Santa Rosa, onde obteve 6.882 indicações, e de Santana do Livramento, onde foi o deputado estadual mais votado como 5.778 votos.
Jeferson tem 50 anos e é natural de Santo Ângelo. Iniciou sua trajetória política na Pastoral da Juventude e no movimento estudantil. Atuou como assessor do deputado federal Elvino Bohn Gass (PT/RS) por mais de 14 anos. Em 1996, foi candidato a vereador em Santa Rosa e ficou na suplência.
Na atual legislatura, presidiu a Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Técnica e Extensão Rural; Frente Parlamentar de Defesa, Implantação e Funcionamento do Hospital Público Regional (HPR) em Palmeira das Missões; Frente Parlamentar em Defesa da Água Pública e Frente Parlamentar Brasil-China no Estado do Rio Grande do Sul. É contra as privatizações e atua, ao lado de movimentos sociais, na luta contra a venda da Corsan e do Banrisul. Além disso, seu trabalho parlamentar prioriza a área da segurança pública, com destaque para a defesa dos direitos dos servidores e da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados, método baseado na corresponsabilidade dos detentos pela sua recuperação e na assistência espiritual, médica, psicológica e jurídica, prestada pelas comunidades onde se situam. Também teve atuação destacada no apoio à agricultura familiar.
Jeferson é autor da lei que determina que o estado disponibilize espaços de acolhimento para mulheres e seus dependentes, vítimas de violência doméstica e intrafamiliar, durante a pandemia do novo coronavírus, para evitar que as vítimas fossem obrigadas a ficar em confinamento com o agressor. Apresentou também o projeto de lei, que ainda tramita no Poder Legislativo, que institui a Política de Alimentação Escolar Orgânica ou de Base Agroecológica na Rede Estadual de Ensino do Rio Grande do Sul.
No mandato que inicia em fevereiro de 2023, ele pretende trabalhar em defesa do serviço público, dos servidores, de empresas públicas rentáveis e estratégicas, como Corsan e Banrisul, dos direitos humanos, do fortalecimento da agricultura familiar e do desenvolvimento regional. “São pautas que carecerão ainda mais do nosso empenho diante de um novo governo de direita no RS, que deve potencializar ataques contra servidores e redução de serviços. E, em nível federal, temos que ajudar a reconstruir a dignidade do nosso povo, contra a fome, o ódio, o desemprego e a descrença”, aponta.
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