Aprovado projeto que reconhece gastronomia italiana como patrimônio histórico gaúcho

Foto Joaquim Moura

A Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul aprovou nesta terça-feira (22), por unanimidade, o Projeto de Lei 421/2021, do deputado estadual Pepe Vargas, que reconhece a gastronomia italiana como patrimônio histórico gaúcho. Pepe destacou a importância do projeto para manter e valorizar a história e a tradição da culinária Italiana, como uma forma de evitar o desaparecimento deste patrimônio com os processos de globalização e transformações sociais. Os saberes tradicionais, o acervo de receitas e de práticas alimentares que constituem a história e a cultura gastronômica do Imigrantes, agora dependem apenas da sanção do PL pelo governo do Estado para se tornar patrimônio histórico gaúcho.

A gastronomia italiana é, provavelmente, uma das mais apreciadas por turistas que visitam o Rio Grande do Sul. As massas, a sopa de agnoline ou capeletti, a polenta, o galeto e o radicci, são alguns dos pratos mais saboreados, que se tornaram tradicionais e famosos na cozinha brasileira graças aos imigrantes Italianos. O deputado lembrou da relevância dessa gastronomia também do ponto de vista econômico. A culinária é um dos legados dos imigrantes Italianos mantidos até hoje em festas coloniais, encontros familiares e em reconhecidos restaurantes em todo o estado. Na Serra Gaúcha, a comida típica colonial é rica e variada e influenciou a cozinha no Brasil por meio da imigração Italiana que aconteceu no período entre 1880 e 1930. “Uma culinária que ajuda a impulsionar o turismo, gerando emprego e renda, atuando nas economias locais e regionais”, ressaltou.

O parlamentar também avaliou que a aprovação do projeto é uma bela homenagem do parlamento gaúcho ao povo italiano que aqui chegou com os imigrantes há mais de um século e integrou-se culturalmente ao Brasil. “É uma forma de reconhecer o legado italiano, ao mesmo tempo é um gesto de proteção da memória coletiva das manifestações culturais existentes no Rio Grande do Sul, que constituem a nossa diversidade cultural, história e identidade,” disse Pepe.

Hoje no Brasil, existe o Decreto Federal N° 3.551/2000 que instituiu o Registro de Bens Culturais de Natureza Imaterial que constituem patrimônio cultural brasileiro, cria o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial. O país, portanto, têm processos de reconhecimentos de registros de saberes e celebrações como patrimônio imaterial.

Texto: Silvana Gonçalves (MTB 9163)