Sofia Cavedon apresenta dados de pesquisa realizada pela Procuradoria Especial da Mulher

Foto: Greice Nichele

Quase 60% das mulheres deixam de fazer seus exames preventivos de câncer de mama no Rio Grande do Sul por falta de tempo ou porque não conseguem marcar uma consulta. Os dados constam em uma pesquisa realizada pela Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa, que foi apresentada hoje (17) pela deputada Sofia Cavedon (PT) no período do grande expediente da sessão plenária.

De acordo com o levantamento, que entrevistou 104 mulheres  de 21 municípios gaúchos, o medo e a vergonha impedem que 12% façam os exames e 5% deixaram de realizá-los por conta da pandemia do novo coronavírus. A amostra envolveu mulheres que utilizam o SUS (50%), IPE (27,4%), plano de saúde privado (14%) e consultas particulares (6%). “Nosso objetivo foi saber se as mulheres gaúchas estavam seguindo as orientações gerais de prevenção, ou seja, se a partir dos 35 anos estavam realizando consulta anual e cumprindo as recomendações médicas”, explicou Sofia, que coordena a Procuradoria da Mulher.

Ela revelou ainda que 93% das entrevistadas afirmaram que têm cuidados básicos de saúde, mas 27,6% delas revelaram que não conseguiram realizar os exames preventivos nos últimos dois ou três anos. Os dados levantados, na avaliação de Sofia, mostram um cenário preocupante, que deve ser alterado por meio de políticas públicas, que “tragam as mulheres para dentro do sistema”. “O câncer de mama é o segundo que mais mata. Fica atrás só do de pele. No entanto, 93% dos casos podem ser curados se o diagnóstico for precoce e o início do tratamento for rápido”, frisou.

Sofia falou também sobre as atividades da Procuradoria da Mulher durante o Outubro Rosa, destacando ações itinerantes e educativas em diversos municípios, além de uma exposição realizada em parceria com o Viamama, grupo de apoio e prevenção ao câncer de mama criado por mulheres de Viamão.

O grande expediente foi prestigiado por ativistas sociais, feministas, integrantes do movimento negro e profissionais da saúde.

As deputadas Stela Farias (PT) e Luciana Genro (PSOL) e o deputado Airton Lima (Pode) se manifestaram por meio de apartes.

Fonte: Agência de Notícias ALRS