Deputada Sofia manifesta-se contra atos antidemocráticos

Foto Greice Nichele

“O povo brasileiro escolheu legitimamente o novo mandatário para dirigir o Brasil pelos próximos quatro anos. Agora, estão acontecendo manifestações em alguns lugares, que são legítimas quando manifestam discordância da visão de ideologia e de mundo, mas quando pedem a intervenção militar, a anulação do pleito sem nenhuma sustentação, pedem anulação apenas por discordar do resultado do jogo democrático”. A afirmação foi feita pela deputada Sofia Cavedon em um tempo de liderança em nome da bancada do PT na Assembleia durante a sessão plenária desta quarta-feira (9) para defender a democracia e manifestar-se contra carta recebida da Federasul, Farsul, Fiergs, FCDL e Fecomércio. No documento, as entidades dizem defender “o respeito à liberdade de expressão e ao estado demorático de direito”, referindo-se aos atos antidemocráticos promovidos por apoiadores de Bolsonaro no fechamento de estradas e acampamentos em frente a quartéis.

Segundo a deputada, o Brasil soberanamente definiu novo presidente em uma manifestação legítima. Houve até mesmo em função do questionamento do presidente da República, durante todo o ano um acompanhamento, testes e aferição das urnas eletrônicas, o que conforme Sofia, “garante que o processo foi realizado com transparência”. “Democracia é o poder do povo e nossa Constituição diz que todo poder emana do povo e será exercido por ele diretamente ou por seus representantes. É inconstitucional e não tem amparo legal pedir intervenção militar”, sustentou.

Outro ponto destacado pela parlamentar foi que a maioria do povo não quer voltar a um tempo em que não podia decidir as regras, a economia, o direito de ir e vir, pois tudo era decidido pelo poder dos generais, das armas e da repressão. “O brasil viveu isso com presidentes empossados pelo Exército e quem discordasse era preso ou fugia ou era torturado e muitos foram mortos em um regime que é pedido pelas pessoas que hoje estão na frente do quartel”, lembrou.

Para Sofia, a conquista da democracia significa que a divergência deve ser dirimida no voto e no argumento e não pelas armas. “Portanto a Federasul quando lança nota defendendo a liberdade de expressão eu respondi educadamente que sim, desde que não reivindique o fim da democracia, da liberdade e nem as substituam por uma ditadura, a ditadura das armas. Não queremos também uma teocracia, que é quando temos governos que se dizem ungidos por deus e governam em nome de Deus e não perguntam ao povo”, argumentou. Sofia disse ainda que a democracia e a ciência venceram após embates profundos em relação à vacina, remédios não comprovados e o uso de máscara durante a pandemia de covid-19.

Texto: Claiton Stumpf (MTB 9747)